Gavinhas e Gafanhotos
Data:09/06/2015 - Hora:08h49
Estamos praticamente no meio da 11ª Semana do Meio Ambiente, aberta no final de semana, quando apesar dos pesares, muita gente, relevando as mazelas de Gavinhas e Gafanhotos, comemorou na última sexta feira, 5, o Dia Mundial do Meio Ambiente. Somos relativamente privilegiados se comparados a outros biomas de Mato Grosso por estarmos numa área de contribuição hídrica do Pantanal fica nas porções altas, as cabeceiras dos rios Paraguai, Sepotuba, Jauru e Cabaçal, que fornecem cerca de 30% das águas que mantém o pulso de inundação da planície pantaneira. Com a assinatura do documento Pacto das Cabeceiras ontem no Casarão do Parque Mãe Bonifácia, a proposta de desenvolvimento sustentável, surge como uma salvaguarda de nosso rico paraíso pantaneiro, alvo de predadores contra o que existe de mais sagrado, na vida, a natureza. A gente só espera, que tudo não fique apenas em propostas, das quais o povo sensato anda de saco cheio e que os objetivos consoante prega a superintendente de Educação Ambiental da Sema, Vânia Montalvão, qual seja, a de promover diálogos e reflexões críticas entre os diversos setores da sociedade, tanto urbana quanto rural, para os impactos da ação humana ao meio ambiente, prospere. Não podemos esquecer-nos da covarde, absurda e impune ação das Gavinhas e Gafanhotos que no cotidiano devastam o meio ambiente, seja traficando animais, roubando essências, poluindo rios, desmatando milhares de hectares de florestas, no país detentor da segunda maior cobertura vegetal do mundo, ficando atrás apenas da Rússia. O processo de devastação de nossas florestas acarreta vários fatores negativos ao meio ambiente, como a perda da biodiversidade, empobrecimento do solo, emissão de gás carbônico na atmosfera, alterações climáticas e erosões, entre outros. No geral, o reino tupiniquim perdeu aproximadamente 93% da cobertura vegetal da Mata Atlântica, restando apenas 7%; a Caatinga teve sua vegetação reduzida pela metade devido ao desmatamento, cerca de 500 mil hectares devastados/ano; O Cerrado, a partir da década de 1950 intensificou-se o desmatamento em sua área e conforme estudos do Ministério do Meio Ambiente, 67% do bioma sofreu modificação. Na Amazônia Legal, somos os campeões de violação ao meio ambiente via desmatamentos, só entre abril e maio deste ano, aproximadamente 10 mil hectares de áreas com desmatamento ilegal foram embargadas durante operação conjunta entre Superintendência de Fiscalização e Batalhão da Polícia Militar Ambiental. Entre o dia 1º e 30 de abril, 95 pontos em 11 municípios foram fiscalizadas pelas equipes, totalizando 9.185 hectares de áreas identificadas com a prática do crime ambiental. Dado vergonhoso, Mato Grosso liderou a lista dos municípios que mais devastaram a floresta no mês passado, em março último, a Amazônia registrou 58 km² de alertas de desmatamento, quase três vezes maior do que os 20 km² apontados no mesmo mês de 2014. Os tratores, correntões, os peões aliciados por jagunços dos fazendeiros e grileiros, todos bandidos ocupam a floresta e destroem como gafanhotos famintos pelo verde das cédulas de R$ 100,00 ou dólares, pouco se importando com a vida do planeta. Sejamos claros, se a Natureza é Vida, e ninguém em são consciência pode negar, eles são assassinos do meio ambiente, matando aos poucos e por tabela da vida humana no planeta, porque sabem da fragilidade das leis. Tudo bem que a SEMA e o IBAMA agem, monitoram, vistoriam, aplicam multas, mas bandido no viés da safadeza, desafia tudo e todos, não por acaso, 15 engenheiros agrônomos foram autuados no final de semana, por emitirem laudos falsos que acobertaram o desmatamento ilegal em várias regiões de Mato Grosso. A prova da impunidade, alguns desses engenheiros também bandidos, já receberam até três autos de infração no período 2014/2015 e acreditem, estavam na ativa, (Alô CREA, cadê você?) assim como os poderosos desmatadores, que compram fiscais marginais, não pagam multas, continuam devastando a natureza.
fonte: Editoria
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