Memórias do FIPe
Data:13/07/2022 - Hora:11h16
Reprodução Web
Tudo começou nos idos de 1979, quando o técnico em eletrônica Aderbal Michels (In memorian), em visita a cidade de Barra do Bugres, onde prestava assistência a torre de televisão e rádio amadores, visualizou o cartaz com a publicidade de uma gincana de pesca. A gincana era organizada pela prefeitura e coordenada por Adelino Ferreira (Pirangueiro). Apaixonado pela pesca, Aderbal ao inscrever sua equipe composta por ele, seu pai Bertolino Michels e seu filho Adilson Michels, que na oportunidade foi impedido de participar por ter apenas 13 anos de idade, embarcando em seu lugar o jornalista do Correio Cacerense Luizmar Faquini, fato esse que gerou revolta em Aderbal. Após participarem do festival e Aderbal selar amizade com Adelino Ferreira (Pirangueiro), resolveram trazer a ideia para Cáceres.
Para Aderbal e Adelino, amantes da pesca, não foi difícil despertar no então prefeito Ivo Scaff o entusiasmo pela ideia. Assim no ano de 1980 nascia o Festival do Peixe em Cáceres, com apoio irrestrito do prefeito Ivo Scaff, determinação dos pescadores de carteirinha Aderbal Michelis e Adelino Pirangueiro e apoio do comércio e amigos.
Participaram do primeiro Festival 72 pessoas na categoria pesca embarcada e 55 na categoria infantil. Naquele ano a prova de pesca durou 12 horas, não tendo área delimitada, tendo sido capturado 123 kg de pescado, que foram preparados e servidos no jantar de confraternização entre os participantes. No 2º campeonato, em 1981, o evento começou a ganhar divulgação e receber visitantes de outros Estados, sendo capturado por Aderbal Michelis um jaú de 37 quilos. A partir de 1982 o evento passou a chamar-se Torneio Internacional de Pesca, por já contar com a participação de equipes do Exterior. Assim a cada ano o número de participantes foi crescendo.
Em 1984 e 1985, várias implementações surgiram, passando o torneio a fazer parte do CBPDS - Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos, que estabeleceu as regras oficiais da Confederação Brasileira de Pesca. Nesses dois anos as provas foram realizadas com o tempo de 24 horas, atingindo grande número de participantes. No ano de 1985, a CBPDS confere a esposa de Aderbal, Orfélia Michelis (in memorian) o título de Coordenadora Oficial do Torneio e representante da Confederação em Cáceres. Também neste ano, Aderbal recebe a homenagem de Patrono do Torneio. O evento ganha novas inovações sendo inscrita a primeira equipe composta somente por mulheres, e pioneiras por coincidência ou não, duas integrantes filhas de Aderbal, Rosane e Triana Michels e a amiga Simone Valéria do Amaral, substituída um ano depois pela sobrinha de Aderbal, Marimar Michels. O resultado dos esforços aliados a inovações implantadas ao longo dos anos de forma ininterrupta, buscando principalmente a organização e a seriedade, credenciaram o município a convite da CBPDS a sediar em 1992, o Campeonato Brasileiro de Pesca, onde a equipe formada por Rosane, Triana e Marimar Michels consagraram-se campeãs, tornando-se o primeiro trio feminino a vencer um campeonato de pesca em água doce no Brasil. Nesse mesmo ano o torneio passou a fazer parte do Guinnes Book, Livro dos Recordes, com a participação de 190 embarcações, conduzindo equipes com três pescadores cada, nas categorias feminina e masculina. A partir de 1993, o torneio passou oficialmente a chamar Festival Internacional de Pesca, desvinculando-se da Confederação Nacional de Pesca, o que possibilitou mudanças nas regras, entre elas a valorização do peixe nobre e não somente do quilo. E até os dias de hoje, a cada nova edição várias implementações são realizadas, tornando o evento ainda mais atrativo, o que confere a ele o título de maior festival de pesca em água doce do mundo. Com certeza o grande segredo é a sustentação por muitas mãos, que já fizeram, fazem e continuarão fazendo, numa união de esforços que garante sempre o sucesso do evento. E pra hoje um Bom Festival!
fonte: Da Redação
» COMENTÁRIOS
|
|
Publidicade
High Society
|