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Corte de cabelo, hidratação, designer de sobrancelhas, manicure e muito amor foram alguns dos ingredientes que tornaram mais feliz a semana das internas da Cadeia Pública de Cáceres.  A iniciativa foi da psicóloga Cristina Ferreira da Silva, juntamente com a direção da cadeia, que promoveram uma tarde de embelezamento, com a parceria dos cabeleireiros Wilton da Silva Deluque e Joy que deram um trato todo especial nas madeixas de todas elas. Também as internas passaram pelos cuidados de manicure tendo as unhas esmaltadas e hidratadas por Claudia Patrícia Rodrigues de Oliveira, acadêmica de psicologia. As ações aconteceram na tarde do dia 9, em comemoração ao Dia da Mulher.  

De acordo com a psicóloga Cristina, com a restrição da liberdade, muitas dessas mulheres perdem o contato com a família, com os amigos, o que acaba por causar baixa autoestima e muitos outros problemas físicos e mentais. Ela destaca que iniciou esse trabalho voluntário de atendimento psicológico com as detentas através do Conselho da Comunidade, quando ainda cursava psicologia e após formada deu continuidade como forma de agradecimento pela realização da profissão que escolheu e que acredita ser seu maior dom.  

As ações tiveram como foco o resgate da autoestima, buscando amenizar os traumas causados pelo cárcere e pelo próprio estilo de vida, oferecendo a elas uma forma de reinserção na sociedade, bem como no mercado de trabalho. 

“Elas se sentem valorizadas, mais confiantes e ganham o estímulo necessário, pois a autoestima é um conceito relacionado à saúde mental, que além de influenciar no bem-estar, também influencia na capacidade de socialização e na satisfação com a vida e cumprimento da sentença com mínimo de dignidade Humana, enfatiza a Psicóloga Cristina Ferreira. 

A Diretora da Cadeia Pública Feminina, Franciskely Moreira, revela que o resgate da autoestima das reeducandas é fundamental para que elas agreguem e transmitam bons valores sociais.  

“Embora estejam cumprindo pena, a dignidade delas como pessoas e como mulher, não pode ser esquecida. Trabalhamos para que elas voltem para sociedade mais preparadas e ressocializadas”, conclui Franciskely. 

Psicóloga Cristina Ferreira  (Foto: Arquivo Pessoal)

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