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Cheguei meio na moita, que a pandemia não late, mas morde, na base da cuspida, do espirro e da porcada que limpa a meleca com a mão e esfrega em postes, árvores, bancos de praças, porta de lojas e o babaca encosta ali e sai bixado, vote, Xomano, que o trem anda cosquento e o Mané Futrica que não dorme de touca, agora só tira a focinheira prá tomar um gole; anda mais ligado que vagalume e só dá bom dia queném japonês, balançando a cabeça. E dizem que a tal pandemia anda tão violenta que já mudaram até a letra do hino nacional; agora é: Ovírus da Corona em margens plácidas... E na quarentena, o Mané Futrica curte uma quarentona com um filminho DVD na telinha, se virando com aquele filme: O Homem de Virgínia, que na dúvida entre a dengue e o Covid-19, liberou geral; que Gothan-City não pode parar. Bom seria se o tal vírus da China atacasse o mosquito aedes, né mesmo? Como isso não é possível, depois do filme com BatVLTmóvel, ouvi um CD com carimbós da cantora apóscalípso, que a quarentena apesar de prevenir a nhaca do bicho da China, exige certos sacrifícios. Coisa de maluco, a gente preso em casa e presos fugindo da cadeia, vá se entender!  Mas, gente, o trem anda tão perigoso, que semana passada o Mané aqui foi num campo de nudismo e além da focinheira, tive de usar camisinha, vote, Xomano, que o bicho achou que era touca e apesar do visual, dormiu o dia todo. Não adiantou chamar ele de dólar, que o bicho não subiu nem com reza braba. Coisas da Pandemia que tá fazendo urubu dar o pé e gritar curucupaco, sogra ter crise de bondade e agiota adiar dívidas! Mas, falando sério, amigos, o meu amigo Daud sabe disso, a vida é uma só, ficar em casa mais um mês não mata ninguém e piadas a parte, dar uma de Pilatos, numa boa, não gasta as mãos; água, sabão e álcool gel sempre, faz parte de gente civilizada. O Mané aqui, gosta de xiste, gozação, tirar sarro, mas tomar banho todos os dias, mesmo de ducha corona, faz bem à saúde. Se a quarentena fechou o comércio, liga pro boteco, manda entregar álcool gel e no litrão, lava as mãos, dá aquela beiçada, fecha o corpo contra a Covid-19, que a gente se vê pelai pra brindar a vida.

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