Justiça mantêm prisão de diretor da PCE e militares
Data:20/06/2019 - Hora:09h15
João Vieira
Em coletiva à imprensa no final da tarde da terça feira, 18, delegados Flávio Stringueta e Frederico Murta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado, explicaram como a polícia chegou até os diretores, policiais e os presos. informando que a partir de agora, vai investigar a ligação entre o diretor e o diretor-adjunto da Penitenciária Central do Estado, Revétrio Francisco da Costa e subdiretor Reginaldo Alves dos Santos, com a facção criminosa Comando Vermelho.
Segundo se apurou, os três policiais militares Tenente da PM do 3º BPM Cleber de Souza Ferreira; Subtenente da PM na Rotam Ricardo de Souza de Oliveira e Denizel Moreira dos Santos Jr., Cabo da PM na Rotam, presos na Operação 'Assepsia', tiveram a autorização de dois diretores para entrar com um freezer recheado com 86 celulares na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá.
Também foram cumpridos mandados de prisão contra Paulo Cesar da Silva, vulgo Petróleo, líder de facção e Luciano Mariano da Silva , o Marreta, líder de facção. As investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado chegaram até os servidores depois que um freezer 'recheado' com celulares foi entregue na PCE no dia 6 de junho.
Conforme Stringueta e Murta, a investigação começou no início do ano quando a GCCO acompanhava a movimentação das facções criminosas no estado. Para os delegados, a entrega dos celulares, promovida e arquitetada pelos servidores públicos, não foi isolada e já ocorria há algum tempo.
As imagens de segurança mostram que uma caminhonete, de cor preta, chegou às 13h na PCE e entrou pelos portões da frente. O freezer foi deixado e o veículo saiu do local. Cerca de 40 minutos depois os policiais chegaram na PCE em um veículo descaracterizado e não usavam fardas.
“Eles foram até os diretores, na sala da direção, e ficaram algum tempo conversando. Depois, o preso Paulo Cesar da Silva foi retirado da cela e levado à direção, onde ficaram com ele em uma suposta reunião por mais de uma hora. Depois disso o freezer passou pelo escâner e os celulares foram descobertos”, completou o delegado.
Para a polícia, há provas suficientes que indicam a participação dos policiais e dos diretores na facilitação da entrega dos aparelhos aos líderes da facção.
A assessoria da Polícia Militar informou que uma equipe da Corregedoria da PM está acompanhando o caso e reúne informações para apurar a denúncia e as prisões. Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública declarou que acompanha a operação. A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7° Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão preventiva do diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), Revétrio Francisco da Costa, do diretor-adjunto Reginaldo Alves dos Santos, dos policiais militares Cleber de Souza Ferreira, Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira e Denizel Moreira dos Santos Júnior.
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça (TJMT), Revétrio Costa e Reginaldo Santos foram encaminhados para o Centro de Custódia de Cuiabá. Cleber Ferreira está o Terceiro Batalhão de Polícia Militar e Ricardo Oliveira e Denizel Moreira, recolhidos no Batalhão de Operações Especiais (Bope).
fonte: Assessorias com Redação
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