Desemprego e Canudo
Data:20/06/2019 - Hora:09h06
Reprodução Web
Piadinha do dia, dizem que o Brasil não ganhou da Venezuela na Copa América, porque ainda não ficou Maduro, e, piadas a parte, que no lugar de ficar criticando quintal alheio, a grande mídia deveria cuidar do nosso, a coisa anda cosquenta, Xo-mano, já tem vampiro bebendo groselha e caçando emprego de segurança em banco de sangue pra tentar assalto. Veja que a parcela de desempregados que fica no corre-gira atras de um trampo, já gasta sola de sapato há mais de dois anos e avançou de 17,4% no 1º trimestre de 2015 para 24,8% no mesmo período deste ano, coisa de 3,3 milhões de pessoas. Sem querer alarmar, que a matemática não mentem o crescimento é de 42,4% em quatro anos, dados de análise do Mercado de Trabalho divulgada anteontem (18) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, o tal Pnad, do IBGE. A gente nem fala mais tanto no desemprego, que atinge ¼ da população, considerando-se os 13 milhões e 200 mil sem empregos, somando-se pai, mãe e dois filhos, um total de 52 milhões e 800 mil no ora-veja, que amanhã será o ontem do hoje e truco. Sem pessimismo, que a gente sempre jogou pelo realismo, o mercado de trabalho brasileiro, segue bastante deteriorado, com altos contingentes de desocupados, desalentados e subocupados. O leitor já parou pra observar os subempregados em Cáceres? É algo que realmente preocupa, as bike-foods nas esquinas, camelôs, cata-latinhas, mendicância, e, não se surpreenda, no resto do país, o bicho também anda pegando. Infelizmente, uma queda ainda mais expressiva da taxa de desemprego e da desigualdade é esperada para 2020, a partir da retomada mais forte do nível de atividade e os hoje 5,2 milhões de desempregados que procuram trabalho há mais de 1 ano, segundo o IBGE, podem continuar tendo que usar rayband pra não bater a cara contra o muro, das lamentações. Pra finalizar, vamos aqui classificar a quantos anda a população tupiniquim: 80% dos trabalhadores ocupados são classificados em alguma dessas categorias: 40% estão na camada superior dos pobres, 27% na camada dos pobres e 13% na camada dos miseráveis. A camada superior dos pobres tem uma renda média mensal de R$ 1.700 reais, os pobres, recebem R$ 920 reais mensais e os miseráveis, R$ 310 reais mensais. E aí, vem o dado em que poucos acreditam: o ponto de corte não é educacional: dos 5,8 milhões de ocupados com ensino superior incompleto, 4,6 milhões são pobres, 8,3 milhões de ocupados que estão classificados na categoria pobres têm ensino superior completo. Se juntarmos aqueles que têm ensino superior incompleto e aqueles que têm ensino superior completo, temos 12,9 milhões de trabalhadores pobres com nível superior. Como diz o nosso amigo Fernando Brito, todo mundo imagina que após concluir o curso superior é possível ao menos ir para a média classe média, mas não é o que está acontecendo no Brasil. Então, o significado disso é uma profunda insatisfação. Traduzindo e trocando em miúdos, nem sempre o grau de formação facilita uma vida melhor num país quebrado, claro, que ajuda, mas não é tudo, pelo menos enquanto as engrenagens do Estado não voltarem a girar pra frente, Bom Dia!
fonte: Da Redação
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