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Colhendo as Festas Juninas
Data:13/06/2019 - Hora:08h30

Muitas são as histórias sobre as origens da Festa Junina. Dentre as várias referências, destacam-se relatos sobre festas realizadas para celebrar a colheita na Antiguidade, no norte da África e na Europa, no período do solstício de verão, próximo ao dia 21 de junho para o calendário atual. Nessas festas, a fertilidade da terra era celebrada com música, dança e comida, e grandes fogueiras eram acesas para espantar maus espíritos e reunir as pessoas. Com o avanço da religião cristã na Europa, as festas passaram a celebrar São João Batista, protetor da colheita, assim como Santo Antônio e São Pedro. No norte da Europa, em países como Suécia, Finlândia e Dinamarca, grandes festas acontecem nesse período, desde os tempos dos vikings, com grandes fogueiras que marcam o início do verão. Na Suécia dá-se o nome de Midsommar ao feriado mais esperado pelo país, que celebra a fertilidade da natureza em uma festa familiar, que para muitos tem mais importância do que o Natal, no qual dançar em volta de um mastro é um momento bastante marcante.

Trazidas pelos europeus que passaram a habitar nosso país desde as navegações, as Festas Juninas foram incorporadas pelos povos que aqui se fixaram, resultando, portanto, num grande encontro de culturas e costumes de diversas partes do mundo. Aos poucos, as festas foram adquirindo forma, até ganharem forte elemento de identidade regional. Das gaitas e paus-de-fita do sul, ao carimbó e às saias de chita do norte, passando pelas quermesses do sudeste, pela viola caipira do centro-oeste, e pelas festas de São João do nordeste, as Festas Juninas guardam como semelhança a celebração da colheita, a música, a dança e a fogueira. Milho, pinhão, mandioca e diversos outros alimentos são servidos em volta do fogo, com muita música, dança e alegria, ajudando a criar um ritual que marca o ciclo da natureza e a passagem do tempo. Esse ritual registra, a meu ver, o paradoxo do advento do novo versus a manutenção de antigos costumes: quando dançamos na Festa Junina celebramos a capacidade humana de compreender e controlar parte dos processos da natureza, à medida que nos entregamos à inexorável transformação da nossa cultura e da nossa vida pela passagem do tempo.

Mas, e a nossa fogueira, onde se encontraria na festa? Será que um elemento tão importante das Festas Juninas não poderia compor a nossa festa? Não temos o costume de fazer uma fogueira. São muitas crianças juntas, e lidar com o fogo nessa situação acaba gerando grande apreensão. Entretanto, é importante lembrar que o fogo é um dos símbolos atrelados ao conhecimento. Segundo uma interpretação do mito de Prometeu, por exemplo, o fogo roubado representa a audácia humana em busca do saber e sua vontade de compartilhá-lo. Acredito que, em nossa Festa da Colheita, aqui na escola, celebramos o ciclo de renascimento dos saberes e dos valores que cultivamos, em nossa eterna insistência em nos organizar coletivamente para saudar nossa ancestralidade e receber o desconhecido. ***____ Vicente Domingues Régis, Professor com  Licenciatura em Educação Artística.

 

 




fonte: Vicente Domingues Régis



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Também estreando idade nova, a sempre elegante, Carla Samartino, que neste sábado apaga velinha e recebe o carinho mais que especial dos familiares e rol de amigos. Sucessos, Saúde, Amor, Paz e Prosperidades, são os nossos votos para o novo ano.  A coluna de hoje é dedicada a amiga de longas datas, Fidelmaria Reis, que nesta semana recebeu quilométricas homenagens pela comemoração de mais um ano. Na oportunidade filhos, netos, amigos cantaram o tradicional Parabéns.  Nós da família do JCC desejamos que esse novo ano seja o melhor que já viveu. Feliz Aniversário! Celebrou data nova a linda Juliana Bruzzon que recebeu os calorosos abraços dos pais Amarildo e Zezé, dos amigos e familiares. Desejamos um ano pleno de alegrias e sonhos realizados.
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