Im-Posto à Prova
Data:01/12/2018 - Hora:10h50
Reprodução Web
Você foi ao Juba, ao Miura, só pra exemplificar, fez uma comprinha indispensável, aquela que não pode esperar, tipo, café, açúcar, margarina, pão, papel higiênico, sabão em pó e outras quinquilharias indispensáveis no cotidiano dos trabalhadores e donas de casa humildes e no rodapé do ticket, lá está o quanto se foi lesado em impostos pelo governo. Cerca de 30% do valor da compra, é imposto, aliás, vocábulo sugestivo, pra desbancar aquele palavrão contribuição, pois é retido na fonte e contribuição se entende por uma doação voluntária. No reino tupiniquim, é assim, ladrão é Vossa Excelência, treinador de futebol é professor, classe media metida a rico é doutor e os cambaus. Pelo que se deduz racionalmente, os impostos são criados para gerar receitas fiscais, destinadas a serem utilizadas pelos Estados na satisfação das necessidades coletivas dos seus cidadãos. Já dizia Bento XVI na Encíclica Caritas in Veritate, n.º 60: in-verbis_” há que organizar uma subsidiariedade fiscal que permita aos cidadãos decidirem a destinação de quotas dos impostos, versados ao Estado, servindo de incentivo a formas de solidariedade social a partir das bases, com óbvios benefícios para o desenvolvimento.” Veja o leitor que até as 15 horas de ontem, a gente já tinha sido sangrado em impostos no patropi, em R$ 21 trilhões, R$52 bilhões, R$51 milhões e algumas centenas de milhares de reais, conforme registro do impostrômetro, acessível à todos na internet, real termômetro da mão grande do governo no ganho e gasto de quem trabalha neste país. Com esta montanha crescente a cada segundo de bereré, o sacador, governo deveria em contrapartida, prestar serviços como saúde, educação e segurança, dentre outros ao povo, mas o retorno social nunca acontece, uma ladainha que com certeza o leitor anda cansado de ler na mídia séria, mas que volta a tona com o publicado esta semana no conceituado Valor Econômico. Com base confiável do Levantamento do Observatório de Política Fiscal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o país das falácias de economeses, patina como segundo menor entre 42 países em investimentos públicos. Um dos principais pilares do crescimento econômico foi de apenas 1,92% do PIB em média, entre os anos de 2000 e 2017. A partir de uma base de dados da compilada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), referindo-se a gastos da União e de governos regionais, como Estados e municípios – (despesas de empresas estatais não incluídas), o levantamento mostrou que na média de 42 países, o número ficou em 3,51% do PIB, atingindo 3,9% do PIB na Rússia, 3,38% do PIB na Turquia e 2,95% do PIB na África do Sul. Em 2017, as três esferas de governo investiram o equivalente a 1,16% do PIB, o menor nível da série iniciada em 1947, segundo dados da Instituição Fiscal Independente (IFI). Enquanto isso, no mundo, a média do investimento público nos 42 países da amostra compilada pela OCDE ficou em 3,27% do PIB, mais de 2 pontos percentuais acima do gasto pelo Brasil. Após 2014, porém, o investimento público por aqui recuou com força, devido à crise fiscal da União e também de Estados e municípios. Com isso, a distância entre esses dados para o Brasil e para outras economias aumentou. Em 2017, as três esferas de governo investiram o equivalente a 1,16% do PIB, o menor nível da série iniciada em 1947. Concluindo, produzimos o PIB (Produto Interno Bruto), pagamos por isso e pouco ou quase nada temos de retorno, basta precisar do SUS.
fonte: Da Redação
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