Somos todos Iguais
Data:06/11/2018 - Hora:08h52
Curioso que quando morre, todo mundo vira bonzinho, coitadinho, quem não chora, evita comentários desairosos pra não ser antipático e assim, a maioria dos de-cujus, como se diz sobre mortos em juridiquêz, mesmo tendo sido vilões em vida, partem para o além, como exemplos de cidadãos aqui na terra. Claro, que tem as exceções, aqueles que matam, roubam, estupram, sequestram, os curvas de rio, ínguas de pescoço, que, quando mortos ou matados, já vão tarde, dizem a maioria. Em minha modesta forma de pensar, quem sou eu prá julgar Chico ou Francisco, depois do último suspiro, todos são iguais, conta o que a pessoa foi e fez em vida, de bom ou de mal. Tanto da laje rasteira simples ao mausoléu de mármore de Carrara, ali inumado, não existe o superior e no juízo final, onde não existem álibis, recursos, atalhos e ou brechas jurídicas, a pena pós purgatório espiritual será justa. Um único juízo, Deus; sumário veredicto, paraíso ou inferno; eis a questão. Fiquei matutando sobre isso após uma caminhada na última quinta feira pelas alamedas do São João Batista em Cáceres, oposto de berço, o crepúsculo de parte da história de Cáceres, analisando humildes e poderosos, independente da miséria ou opulência, todos os extintos, visitados, lembrados, ou esquecidos, na solidão da eternidade. Uns vitimados por doenças, outros, alvos das violências do cotidiano, armas, transito, drogas licitas e ilícitas, justiceiros e injustiçados, pacatos e truculentos, no desenlace carnal, todos iguais. No momento em que todas as pessoas se igualam, na morte, tem início uma nova vida, a vida eterna onde não haverá mais retrocesso. Esta é uma afirmação muito séria e nos leva a pensar sobre nossa situação diante de Deus e diante da inaceitável, porém real, morte do corpo. Para a nova vida não se leva bens, nem riquezas anteriores, só o haver seguido a Jesus. Como a gente não vai estar aqui para ouvir o que falarão de nós quando chegar a hora final, (espero que este dia esteja bem distante; distante mesmo) não custa antecipar desde já, as considerações que os amigos dirão no after-day. Trilhar o caminho certo, ser justo e leal com o próximo, amar para ser amado, ajudar os que precisam e ser fiel à Deus, são algumas das coisas que devemos fazer, para que sejamos lembrados a posteriori. Mesmo porque Jesus ensinou que a morte é um acontecimento destinado a todos e que não se pode fugir desta realidade; sejam ricos ou pobres, na hora da morte todos são iguais, e todos os corpos voltarão ao pó, não há como escapar dessa realidade. Enquanto Deus nos contempla diariamente com esta bênção que é a vida, vamos seguindo os mandamentos do Pai, agradecendo a cada nascer do sol, que o hoje seja melhor que o ontem e o amanhã ainda melhor que hoje, e com certeza, na graça d’Ele, será. Bom Dia, que a vida segue. ***___Rosane Michelis – Jornalista, pesquisadora, bacharel em Geografia e Pós em Turismo.
fonte: Rosane Michelis
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