Volta ao antigo Novo Lar
Data:24/10/2018 - Hora:11h49
Reprodução Web
Se nada der pra traz, ao que tudo indica e foi noticiado via releases à imprensa, nesta quarta feira, nossos empregados lotados no poder legislativo, voltam à antiga casa, (e bota antiga nisso, mais de um século de construção) o majestoso Palácio Costa Marques, após cerca de um ano e meio. Neste interregno, foram realizadas as devidas reformas da parte elétrica, correspondente implantação do sistema contra incêndios, uma exigência dos bombeiros, e, claro, das estruturas básicas, como telhado, portas, janelas, ampliação dos gabinetes e pra ficar mais bonito, a pintura original. Conforme orçamento municipal, foram gastos mais de R$ 200 mil nas obras de reformas e restauração do centenário prédio, dinheiro do povo, que banca os poderes constituídos do reino tupiniquim, em cerca de 35% de tudo que ganha e gasta, via impostos. Para quem acha pouco, até o meio dia de ontem, a gente havia sido retido na fonte em impostos no patropi, R$ 702 bilhões e 600 milhões; em Mato Grosso, R$ 25 bilhões e 507 milhões; divididos por 141 municípios, vai vendo o volume da grana que sai de nossos bolsos pra bancar as despesas do governo, nas quais, se inclui os duodécimos dos poderes legislativos, federal, estadual e municipal. É um saco sem fundo, amigos, basta pegar uma notinha do mercado e ver no rodapé o percentual do imposto retido ali, vai tudo pros nossos empregados, os admitidos por nós nas urnas e aquela maioria de aspones pendurados em cabides, salvo uma minoria que realmente trabalha, pelo menos nas câmaras municipais. Agora, se o amigo der um pulinho lá na AL-MT, o trem é cosquento, mais da metade só coçando o saco, mas o papo hoje é sobre nossos diretos serviçais, que retornam à dita Casa Municipal do Povo, povo, que pouco apita ali. Para quem não sabe, o termo vereador, originário do grego, significa verea, vereda, caminho, resumindo, o vereador deve ser a ligação entre o governo e o povo. Para isso, através do voto, delegamos à ele, o poder de, ouvindo a comunidade, propor e aprovar as reivindicações populares na câmara municipal e cobrar o prefeito e seus secretários, nas práticas das demandas. Ao vereador também, pelos escrutínios e polpudos vencimentos (inclua-se os penduricalhos), cabe elaborar as leis municipais e fiscalizar a atuação do prefeito. São eles, que propõem, discutem e aprovam as leis a serem aplicadas no município, inclusive a Lei Orçamentária Anual, que define em que deverão ser aplicados os recursos provenientes dos impostos pagos pelos cidadãos. No papel é muito lindo, divino e maravilhoso, quando se sabe que na realidade, o que se faz na maioria do tempo nos três poderes é política, auto-defesa, algumas vezes, conchavos e arrumações para galgar nas futuras eleições, uma vaga de deputado, quem sabe sobra uma suplência! Ah, mas isso depende do eleitor, da gente, do nosso voto, não é mesmo? Mas isso se resolve faltando alguns meses do pleito, uma boa conversa, aquela promessa de sempre e se não colar, volta pra cadeira na câmara, é lei e truco. Finalizando, a gente fica aqui no aguardo de que nossos atuais empregados voltando ao palácio secular, reconheçam o quando a gente gastou nas necessárias reformas do majestoso e imponente Costa Marques, retribuindo o conforto do local de trabalho, com, trabalho, claro, pelo menos durante os próximos 20 meses, já que a política sucessória municipal, só começa em junho de 2020. Sejam Bem-vindos ao Antigo Novo Lar, que o dinheiro do povo reformou para vocês. Se não tiver um cafezinho, a gente toma no bar da esquina.
fonte: Da Redação
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