Único reeleito, deputado prevê Congresso cheio de cacarecos
Data:16/10/2018 - Hora:10h42
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O deputado federal Carlos Bezerra (MDB) único parlamentar reeleito para a Câmara Federal, classificou como um “tsumami” o desaparecimento político dos outros três colegas de parlamento derrotados nas urnas no último domingo (07). A declaração do líder do MDB foi feita ao programa Resumo do Dia, na TBO, em Cuiabá.
Bezerra acredita que sua salvação foi à história política que tem ao longo de mais de 50 anos e os serviços prestados a população. Porém, admite que correu o risco de perder o cargo. “Houve um tsunami político e levou todo mundo. Eu tenho um serviço prestado de mais de 50 anos no Estado e de reconhecimento, e o que me salvou foi isso, senão eu teria ido também. Então, eu tinha muita gordura para queimar, queimou-se muita gordura mas sobrou-se ainda para me reeleger. Agradeço ao povo de Mato Grosso por mais essa eleição”, narrou.
Apesar de eleito como o 5º mais votado, Bezerra sofreu uma queda grande em relação a eleição passada. Em 2014, ele se elegeu com 95.739 votos. No último domingo, recebeu 59.155 votos.
Dos sete deputados federais restantes, três concorreram à reeleição e foram derrotados. São eles: Valternir Pereira (MDB), Victório Galli (PSL) e Ezequiel Fonseca (PP).
Já Adilton Sachetti (PRB) e Nilson Leitão (PSDB), disputaram o cargo de senador e também perderam. O deputado Fábio Garcia (DEM), foi eleito suplente de senador, enquanto Saguas Moraes se retirou da política.
Para Bezerra, o resultado das urnas está no cenário vivenciado pela população atualmente. O emedebista destaca que vários políticos, que intitula como “cacarecos”, tomaram posse de cargos sem nenhum conhecimento que possa agregar para a sociedade.
Além disso, ele diz que a “revolta” popular será o reflexo do Congresso em 2019, com grande renovação parlamentar. “O povo está insatisfeito com a crise nacional e é uma crise grave de desemprego, questões na saúde, segurança pública e o povo resolveu protestar. Então está cheio de cacarecos por aí que o povo escolheu para eleger em detrimento de políticos com experiência, mais preparados, então talvez tenhamos um Congresso mais despreparado que o anterior”, analisou.
Sobre seu apoio ao cargo de presidente da República no segundo turno, ele avisou que torce pelo avanço do país e tem simpatia pelo petista Fernanda Haddad. No entanto, deve aguardar reunião partidária para anunciar futuro apoio.
“O partido ainda vai discutir isso. Eu, particularmente, tenho simpatia ao Haddad para presidente da República, mas este assunto, temos uma reunião da bancada em Brasília e com a executiva. Não sei se será esta posição do partido majoritariamente”.
fonte: Da Redação
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