O Papa e a Padroeira
Data:11/10/2018 - Hora:07h25
Divulgação
Em 2017 quando do 3º centenário de Aparecida, o Papa Francisco participou da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe (CELAM), no Santuário de nossa padroeira e passado um ano, Sua santidade relembrou o fato que segundo disse esta semana, marcou profundamente sua prática pastoral ao visitar a “Casa da Mãe”, como ele carinhosamente chamou o Santuário. A experiência em Aparecida foi tão marcante que o Santo Padre falou aos bispos do Brasil sobre o encontro da imagem de Nossa Senhora como “chave de leitura para a missão da Igreja”. Em Aparecida, Deus ofereceu ao Brasil a Sua própria Mãe e, ao mesmo tempo, Ele deu também uma lição sobre Si mesmo, sobre o Seu modo de ser e agir. O milagre de Aparecida começa com a busca de pescadores pobres, que “possuem um barco frágil, inadequado; têm redes decadentes, talvez mesmo danificadas, insuficientes”. Na sua busca por peixes, encontram a imagem da Imaculada Conceição, primeiramente o corpo, depois a cabeça. “Em Aparecida, desde o início, Deus dá uma mensagem de recomposição do que está fraturado, de compactação do que está dividido. Muros, abismos, distâncias ainda hoje existentes estão destinados a desaparecer. A Igreja não pode descurar dessa lição: ser instrumento de reconciliação”. A iniciativa do milagre foi de Deus e da Virgem Maria, mas foi necessária uma abertura ao mistério divino. Se os pescadores, ao encontrar o corpo da imagem, a tivessem jogado de volta no rio, provavelmente o milagre não aconteceria. Felizmente, “os pescadores não desprezam o mistério encontrado no rio. Embora fosse um mistério que tenha aparecido incompleto, não jogaram fora seus pedaços. Esperam a plenitude, e esta não demorou a chegar. Há aqui algo de sabedoria que devemos aprender. Há pedaços de um mistério, como partes de um mosaico, que vamos encontrando. Nós queremos ver muito rápido a totalidade; e Deus, pelo contrário, Se faz ver pouco a pouco. Também a Igreja deve aprender esta expectativa”. Assim como aqueles pobres pescadores, a Igreja precisa dar espaço para o mistério de Deus, para que Ele encante e atraia as pessoas, pois somente a Sua beleza pode atrair. Ele se faz levar para casa naquela pequena imagem, desperta em nós o desejo de guardá-Lo em nossa própria vida, em nossa própria casa, em nosso coração. Deus também nos inspira a chamar os vizinhos para dar-lhes a conhecer a Sua beleza. A missão da Igreja nasce precisamente dessa fascinação divina, dessa maravilha do encontro. Porém, sem a simplicidade daqueles pescadores a nossa missão está fadada ao fracasso. “A Igreja tem sempre a necessidade urgente de não desaprender a lição de Aparecida As redes da Igreja são frágeis, talvez remendadas; a barca da Igreja não tem a força dos grandes transatlânticos que cruzam os oceanos. Contudo, Deus quer se manifestar justamente por nossos meios pobres, porque é sempre Ele quem está agindo”. ***___ (Do Vaticano, Papa Francisco).
fonte: Do Vaticano, Papa Francis
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