Gregos, Baianos e Cacerense
Data:09/10/2018 - Hora:11h08
Como dito por Arquimedes de Siracusa, lá pelo menos anos 250 antes de Cristo, Eureka, que bacana, buscava com uma lanterna plagiando Diógenes uma luz no fim do túnel e agradando Gregos e Baianos, (ou seriam Troianos), achei um tema pro nosso bate papo semanal desta terça feira. Pra satisfazer a curiosidade geral, o vocábulo eureka, do pretérito perfeito do indicativo do verbo grego “heuriskéin” é uma interjeição que significa, encontrei, descobri, tornada famosa pelo cientista ao medir o volume da banheira com água, de seu amigo Rei Hierão. Não apenas este pitagórico personagem real, que descobri viajando nos livros de história, mas outros da civilização grega nos legaram uma herança cultural muito rica, que influenciou toda a nossa civilização ocidental. Vejam o equilíbrio e a harmonia clássica das concepções de beleza, imortalizadas nas obras de escultura, pintura, e arquitetura da civilização grega; se a gente vibra hoje nas novelas da Globo, é preciso voltar ao teatro grego, dividido em tragédia e comédia, o berço da arte de representar, naquela época, já interferindo na educação dos jovens. As encenações eram ao ar livre, os atores, Ésquilo, Sófocles, Aristófanes e Eurípedes, dentre outros, abriram as cortinas das artes cênicas para a posteridade. Então, a gente faz um tour pela CVC e em algumas capitais se encanta com obras de Niemeyer, lindas não? Sim, mas carece de mergulhar na arquitetura grega caracterizada pelos estilos dos capitéis das colunas, diferenciada nos estilos dórico, jônico e coríntio, com certeza, lastro para arquitetos do século XX. Neste contexto, a escultura, do cinzel de Fídias e Miron, de característica natural e a harmônica em suas formas. Não houvesse tudo registrado em alfarrábios, diriam que não passava de histórias, mas diga lá, dá pra se falar em história, sem citar Heródoto, Xenofontes e Tucídides? Impossível, não é? Pois bem, na história, os gregos foram os primeiros a tratá-la com espírito científico, separando a lenda dos fatos, as fake-news das true-news, abrindo o campo da filosofia, para explicar o cosmos e as coisas da vida humana, com destaques para Sócrates, Platão e Aristóteles. Trocando em miúdos, a gente só pode brincar com este termo, devido a terrível matemática que martelava e ainda martela a cuca dos estudantes, quiçá um mal, porém, necessária esta herança de Tales de Mileto e Pitágoras, com seus cálculos e leis geométricas. Parece coisa de louco mesmo, a tal matemática, que a gente finge estudar prá não zerar no vestibular de humanas e que pesa nas exatas e biológicas, chega a doer e nesta hora, saúde é o que interessa; graças, claro, ao estudioso Hipócrates, que deu os primeiros passos para a compreensão das doenças através dos sintomas, abandonando os tratamentos baseados em crenças e superstições, evoluindo a medicina nestes milênios, até chegar às especialidades atuais. E sob o lume da lanterna de Diógenes, nesta viagem com fundo musical do aulo de Dionísio e da cítara de Apolo, ciceroneada pela musa Euterpe, fiz uma pausa na Timbalada do axé no Ilê Aiyê de Mãe Hilda Jitolú em Salvador, cujo balanço veio dos bons ventos do Olimpo, via Athenas. Prá não desagradar Gregos, Baianos e Cacerenses, afinal, Eureka, pode apagar a luz, Diógenes, que o Siriri e o Cururu, não devem ter vindos da Grécia, é raiz pantaneira mesmo, de chiquitanos e xaraés. Esperando não ter falado grego com vocês, aquele abraço demásss de bão. ***___ Rosane Michelis, jornalista, pesquisadora, bacharel em geografia e pós em turismo.
fonte: Rosane Michelis
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