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Desigualdades Regionais
Data:28/09/2018 - Hora:08h24

Volto a um tema da realidade econômico-social de Mato Grosso que abordei em artigo publicado em dezembro de 2006. Doze anos depois, o quadro continua inalterado e a realidade social continua a mesma. Daí a nova abordagem. Mais uma tentativa solitária de colocar o assunto no radar da sociedade, nos debates da atual campanha eleitoral e, quiçá, dos planos de trabalho dos candidatos a liderar os destinos do estado nos próximos anos. Falo das desigualdades sociais e econômicas de Mato Grosso. Inexplicavelmente, aceitas passivamente por toda a sociedade, inclusos os seus líderes políticos, empresariais, empreendedores sociais e militantes de causas sociais e direitos civis

São dois mato grossos convivendo no mesmo território geográfico. Um rico que ostenta opulência econômica, patrimonial, financeira e apresentando indicadores sociais idênticos ao de países como Noruega, Suécia e Dinamarca. Os habitantes dessa porção Califórnia de Mato Grosso vivem num verdadeiro paraíso de bem estar social. Têm alto padrão de renda, saúde, alfabetização, consumo e IDH elevados. Essas ilhas de prosperidade concentram-se em 43 municípios que respondem por mais de 86% do PIB do estado. Exceto Cuiabá, todos têm no agronegócio o motor de suas economias. A porção Haiti de Mato Grosso é representada pelas regiões e municípios que convivem com elevado percentual de sua população em nível de pobreza e pobreza extrema. Suas economias estão estagnadas há décadas, o analfabetismo e mortalidade infantil são muito elevados. Padrão de renda e alfabetização muito baixos. Seus jovens, socialmente fragilizados, migram para os municípios ricos. As expectativas de crescimento econômico são baixíssimas e seus administradores públicos dependem completamente de repasses financeiros obrigatórios efetuados pelos governos estadual e federal. Na maioria desses municípios, as principais fontes de rendas são os proventos oriundos dos empregos públicos e os parcos benefícios das aposentadorias. Nessas regiões a oferta de serviços públicos é de má qualidade e são muito carentes de saneamento básico.

É de reconhecimento internacional que a acelerada modernização da agropecuária de Mato Grosso proporcionou a maior revolução econômica da história do estado. O estado saltou, em algumas décadas, da posição de economia pobre e periférica para uma economia moderna e competitiva mundialmente. Apesar de ter sua matriz produtiva sustentada na produção de bens primários (grãos, carnes, fibras, madeira e minérios), Mato Grosso alcançou patamar de produção e produtividade que transformou o estado num dos maiores produtores mundiais de alimentos e uma plataforma exportadora, fazendo sua inserção na economia nacional e mundial. Mas todo esse reconhecido progresso econômico não conseguiu reduzir ou mitigar o nível de desigualdade das diversas regiões do Estado e as distorções sociais e humanitárias nela contidas. Causa estranheza assunto de tal relevância nem constar nos debates eleitorais e nem nos planos de trabalho dos candidatos a governador. Mais estranho ainda é o fato da sociedade não cobrar ou exigir com veemência necessária que os proponentes a governar o estado tenham isso entre suas prioridades estratégicas. Há de se reconhecer que a determinação de enfrentar e solucionar tal situação não é tarefa apenas de governantes. Antes, é compromisso de todos cidadãos comuns, governantes, líderes empresariais, religiosos, universidades, instituições não governamentais. Vejo como tarefa de todos estabelecer objetivos, metas e procedimentos operacionais para reduzir esse colossal abismo social e econômico que separa os dois mato grossos. ***___Vivaldo Lopes é economista formado pela UFMT, com pós-graduação MBA- Gestão Financeira Empresarial pela FIA/USP. E-mail: vivaldo@uol.com.br




fonte: Vivaldo Lopes



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