No Ar: Radio TransLider
Data:25/09/2018 - Hora:08h20
Reprodução Web
Hoje o calendário registra o Dia do radio, data que homenageia o nascimento de Edgard Roquette Pinto, em 25 de setembro de 1884, responsável por fundar em 1923 a primeira emissora radiofônica do país: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Na época, o médico e antropólogo carioca Roquette convenceu a Academia Brasileira de Ciências a comprar os equipamentos da nova tecnologia, criando, a radio, que tinha o objetivo de divulgar educação e ciência no país. Após 95 anos da primeira radio brasileira entrar no ar, 54 anos da primeira radio cacerense dizer bom dia aos seus ouvintes, queremos voltando ao passado, lembrar e saudar em nome de todos os radialistas de nossa cidade e região, o saudoso casal Aderbal/Orfélia Michelis, que em 1964 abria os microfones da TransLider para todos. Naquele tempo se chamava Estação de Radio, era chique, dava status. Os dois, polacos Catarinas, ele, de Araranguá, ela, de Ibicaré, chegando em 1963 para fazer história nas comunicações de Mato Grosso. Da instalação do gerador de energia para a Cia Telefônica de Cáceres com Joni Fontes, à vibração no éter pantaneiro das ondas vibrantes da Radio TransLider e cinco anos após, em 1969, a instalação das torres de transmissão da Rede Mato-grossense de Televisão, à serviço de Wezes Zaharam, as mãos do casal escreviam as primeiras páginas sonoras do pantanal. Embora telefone e TV sejam comunicação, com licença, vamos a pauta do dia, o Radio, primeiro grande veículo de comunicação, que teve seus anos áureos, sobreviveu a era da TV e resiste ao advento da internet, adequando-se ao modernismo, sem entretanto perder o clima mágico de sua origem. Quem ouve Luiz Garcia, Paulo Rocha, Alexia Shumacher, Luizmar Faquini, Dona Maridalva, Mel Campos e Marcelão Cardoso, dentre outros, não pode ignorar, que há mais de meio século o Mandrake Aderbal Michels na canequinha batia um papo animado com Chico Osmiro, Airton Montecchi,Iltom Arruda e Enio Dorado. A lampadinha na divisória do estúdio avisando que estava no ar e do outro lado, a D.J (disque-jockey) ou sonoplasta como queiram, Orfélia Michelis, ajeitando o vinil da jovem guarda ou do Tonico e Tinoco no prato da vitrola, antes do anuncio da hora certa. Como tinha Long-play, compacto simples e duplo, cada capa lindona, tudo bem cuidado na discoteca, em ordem alfabética! Os anos se passaram, da amplitude modulada (AM) às de freqüência modulada, (FM), as emissoras chegaram à última década do século XX, à era do radio online, também conhecida como web rádio, que utiliza o streaming pela internet para chegar aos seus ouvintes em tempo real. Funcionando de maneira totalmente online, a web rádio pode transmitir programas ao vivo ou até mesmo gravados, com alcance de audiência ilimitada, visto não estar restrita a uma determinada região. Partiu? Fechou? Abriu, isso sim, aquela nostalgia saudosista, que nos escusem os modernos, a gente não pode jamais ignorar as origens, as raízes cujas sementes germinaram a oitava maravilha de todos os tempos, o Radio. E neste seu dia, mais do que justo, saudar os heróis da canequinha, mesmo digital, reverenciar os semeadores deste sonho real, que continuará sempre No-Ar, de nossa vida: Tá na agúia, tafúia, Dona Mardidalva, não pode é mudar o dial, por favor.
fonte: Da Redação
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