Pesquisas & Pe$quisas
Data:22/09/2018 - Hora:08h03
Reprodução Web
Se tem duas classes que ganham um dinheiro extra em anos eleitorais, são os advogados e donos de instituto de pesquisas, honestamente e ou de forma arbitrária, sem querer rufar este ou aquele profissional, já que corruptos existem ultimamente em todos os setores da sociedade, daí, quem se preza, selecionar o trigo em meio ao joio. Na advocacia, os fins, justificam os meios, já que é impossível burlar a legislação, os embates no pretório buscam salvaguardar os direitos ameaçados dos clientes, alvo de ações por vezes ineptas, protocolizadas pelos maus adversários, com o fito de tumultuar o pleito. Em Sampa advogamos na lide eleitoral e num dos casos, a querela referia-se à pesquisa na denuncia do representante do parquet eleitoral. No caso em tela, o questionamento versava sobre a intempestividade da divulgação da pesquisa, cuja falha no cabeçalho do periódico enganou quase todos, o recorrente, o MP e o Juízo a-quo, menos o advogado que pós fórum, ajudava no fechamento da edição e verificou a falha na data de fotos da capa do jornal com a da edição, daí, a inépcia da ação. Um crime impossível, diríamos, pois se a pesquisa foi divulgada no dia X, (edição) as fotos com data Y, (naquele tempo a revelação datava as fotos) não poderiam ilustrar a capa do periódico antes da revelação. Este apenas um detalhe, para mostrar que a maioria dos advogados e dos jornais, agem com seriedade, o mesmo não se podendo dizer dos institutos de pesquisas, pululantes em anos eleitorais, alguns, caça-níqueis, de cartas e casas marcadas, quem paga mais, leva. Como as pesquisas servem de parâmetro para partidos avaliarem suas campanhas e eleitores, as chances do candidato de sua preferência vencer, sabendo disso, os partidos correm em busca das tais, que lhes sejam favoráveis, pois, infelizmente, ainda existem eleitores que votam para quem está na frente (voto útil) e não pelos seus projetos. Por ser uma ciência estatística, entendemos que uma pesquisa idônea, pode até retratar a realidade atual, pois é uma ciência exata, exato? Errado, se feita de forma escusa, como algumas, que no contexto legal, cumprido art. 33 da Lei nº 9.504/1997, consoante disciplina a Resolução nº 23.453 do TSE, (registro e publicação) tudo nos conformes, não fosse a sujeira de escrutínios na coleta e tabulação. Quem já esteve no meio, como advogado, jornalista e assessor de instituto de pesquisa, podemos sem erro dizer há três tipos de mentiras: as comuns, as terríveis e as estatísticas, não se podendo negar que as implicações de estripulias estatísticas podem resultar sérias conseqüências, levando a alterar políticas públicas e afetando diretamente a vida dos cidadãos. Afinal, o que leva alguém a pagar caro para um instituto fazer pesquisas eleitorais? Seja qual for a razão, já temos um problema: o abuso do Poder Econômico. Quem pode pagar, faz a pesquisa; quem não pode, não faz. Ou: quem pode fazer com um grande instituto, que teoricamente tem mais credibilidade vai estar na vantagem; e quem não pode, faz com qualquer outro que restar, afinal, quem não tem cão, caça com gato. Papo sério? as pesquisas eleitorais não deveriam ser permitidas, pois servem para manifestar o abuso do poder econômico e, pior, tentar ludibriar os eleitores no intuito de conseguir os votos.
fonte: Da Redação
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