Eigalê, Gauchada!
Data:20/09/2018 - Hora:08h09
Reprodução Web
Neste 20 de setembro, 183 anos atrás, deflagrava-se no sul a Revolução Farroupilha, que deu origem à comemoração do Dia do Gaúcho, que a indiarada chimarrita dos pampas, onde quer que esteja, celebra na estância, com a píazada, a china e os baguáus, inclusive, a data é feriado estadual no Rio Grande do Sul. O Dia do Gaúcho consiste numa homenagem a um dos episódios históricos mais importantes para a comunidade gaúcha: a Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos, que teve início em 20 de setembro de 1835 e terminou em 1º de maio de 1845, período que passou a história deste estado como o Decênio Heróico. Esta revolução foi uma revolta regional contra o Governo Imperial do Brasil na qual os revoltosos queriam separar-se do Império do Brasil. Durou aproximadamente 10 anos e recebeu este nome por conta dos farrapos que seus participantes vestiam. A revolução chegou ao fim após ser feito um acordo de paz entre as partes envolvidas. Mas a gente não está aqui pra falar em histórias e sim na história desta gente laboriosa que em busca do Eldorado, aportou Mato Grosso na década de 70 do século passado pela BR 163, escrevendo com a força do trabalho constante, perseverante e sério, páginas de glórias no quase meio século do Matão. Em Cáceres, temos poucas referencias de gaudérios, shimanos e araganos, que aqui na fronteira chegaram bem antes do integrar para não entregar, na esteira do 9º BEC, e falando em fronteira, um dos mais famosos gaúchos, o da Fronteira, gravou no éter, a saga dos bombacheiros em Mato Grosso, aqui, na fronteira pantaneira. Quem tem mais de 60 nos costados, freqüentou o CTG semente do Chalana, deve ter riscado a espora no salão entre uma mateada e outra, com as marcas das gaitas de botão. E cantava o Gaucho da Fronteira: “A conquista do Oeste, é preciso enaltecer; Por meus pais e meus avós, esse chão meu bem querer; Levanto as duas mãos ao céu para agradecer; Na direita o chimarrão, na esquerda um tererê; Na direita tem vanerão e na esquerda chamamé;” Hoje lá no nortão, com certeza é dia de festa, em Sinop, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Nova Mutum e circunvizinhas, onde a gauchada se estabeleceu, construindo um império que alavancou o PIB de Mato Grosso, inicialmente com a extração de madeiras e posteriormente com o agronegócio. Não por acaso, o nosso estado produz 10% de toda a soja do planeta, plantadas e colhidas pelas mãos sulistas, riograndenses, catarinenses e paranaenses e o leitor pode argüir, que não foram então somente gaúchos e a gente explica: em um sentido meramente geográfico, aplica-se o termo gaúcho às pessoas que nascem no território do Rio Grande do Sul, independentemente da identidade cultural delas; em um sentido geográfico-cultural, pode-se aplicar esse termo às pessoas ao longo de uma rede de caminhos que abrange uma larga faixa que passa pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e sul de São Paulo, a zona dos birivas, uma cultura que tem traços gaúchos e caipiras. Por este prisma, se tem, que ser gaucho é um estado de espírito empreendedor e os Michels do Correio Cacerense, saudosos Aderbal e Orfélia, Catarinas barriga-verde, foram os gaúchos da fronteira que deixaram os pagos e fizeram história como súditos celebres da Princesinha do Pantanal. Em nome deles, saudamos toda a gauchada dos biomas de Mato Grosso, Eigalê Viventes, neste 20 de setembro, mas, bah, e ainda nem chegou a primavera.
fonte: Da Redação
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