Boca fechada não entra Votos
Data:15/09/2018 - Hora:08h11
Reprodução Web
Ainda que muitas pessoas digam que uma imagem vale mais que mil palavras e embora em certos casos isso possa ser verdade, não se pode esquecer que quando uma palavra sai de nossa boca ela tem um enorme valor, podendo causar um grande dano ou ser muito benéfica dependendo de quais são as circunstâncias da comunicação. Realmente, uma palavra pode ter um poder gigante e, quando acompanhada de mais palavras, pode chegar a ser inclusive avassaladora, se verdadeira, para o bem, se mentirosa, uma arma destruidora, que cedo ou tarde, como bumerangue volta para a boca maldita, que a proferiu. Considerada como a arte de falar bem em público, a oratória pode ser utilizada em diversas áreas, uma delas a política, segundo nosso xará, expertise em marketing político Daniel Ludwig, diretor da L8 Estúdio. Para ele, a oratória é o primeiro passo para um bom contato entre o candidato e o eleitor e através dessa transmissão da informação, o caça-votos mostra oralmente, o que quer fazer pela população ocupando um cargo público. Como ex-assessor de campanhas políticas em São Paulo, podemos sem erro afirmar que para o candidato, o primeiro passo é ter uma boa retórica, ter um bom posicionamento, um bom discurso, falando a língua de quem está do outro lado sem fugir de sua essência. Em reuniões de grupo pré-eleitorais, a gente procurava ajudar o futuro candidato a organizar as suas informações e idéias e levá-las de forma organizada para o seu público, para os seus eleitores. Tudo bem mastigado, de forma que as pessoas pudessem entender qual era a sua proposta, expondo seu projeto de forma a parecer sincero. Se cumprido ao ser eleito, isso é outra coisa, o marketing não forja heróis, não cria caráter de fulano ou sicrano, tenta fabricar um ícone, uma marca, massificá-la junto ao público, sem envolvimentos futuros. Voltando ao termo supra, a palavra, a oralidade, o contato verbal do candidato com seu público no diminuto tempo da TV, indiscutivelmente é super-importante, ou deveria ser, pois pelos modernistas coordenadores de campanhas isso não acontece em Mato Grosso. Você liga a TV, aparece a cara do candidato e o locutor diz: o candidato está no estúdio, de camisa azul, cabelos grisalhos, usa bigode, gravata branca, no fundo da tela você vê a marca do partido, o nome do candidato e...acabaram se os segundos e o tal candidato que ensaiou no ponto, no espelho, só balbucia. Sua voz, quiçá na linguagem labial, isso é ridículo, amigos, mata o contato direto da oralidade entre o candidato e o eleitor, frustrando tudo aquilo que o marketing real e ou, a mídia training, pensou na criação e venda do ícone, sim, pois o candidato, é um ícone, que se trabalhado de forma correta, chega lá. Agora, convenhamos, com linguagem labial, balbucios, fica difícil, é como aquele caso do policial que passou a véspera da parada de 7 de setembro engraxando o coturno e no desfile o comandante escalou-o para dirigir o caminhão do exército, ... não brilho, né? Boca fechada pode não entrar mosquito, mas falante, usada com palavras chaves, pode abrir muitas portas, votos, no caso, correto?
fonte: Da Redação
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