Sonho Intergaláctico
Data:11/09/2018 - Hora:09h06
Estava modorrando a sombra de uma mangueira, fazendo a sesta após um almoço de sábado na casa de uma amiga que mora num sitio e de repente, me vi sozinha numa outra dimensão, como personagem única de uma viagem interplanetária, aqueles sons galácticos, luzes azuis, verdes e vermelhas no firmamento, algo de rara beleza, só visto em filmes do Spielberg. Instintivamente me perguntei sem resposta, como teria chegado àquele lugar e ao mesmo tempo me senti privilegiada, haja vista que há séculos cientistas perseguem o desejo de conhecer de perto outros planetas, estrelas, e até galáxias, mas sem muito sucesso até agora e eu estava num deles. Com certeza eu deveria ter viajado em anos luz e meu raciocínio, se é que ele funcionasse naquelas condições, mentalizaria que o pensamento é o mais poderoso dos combustíveis, deixando pra traz o foguetes bipropulsores, como Pegasus ou a SpaceShipOne; Sei lá, a viagem era tão saudável e gostosa que mesmo se fosse o plutônio das ficções cientificas nos movies, a situação em que me encontrava era mais de uma Mulher Maravilha. Olhando pra baixo, (ou seria pra cima) dava pra ver os garranchos das montanhas do Himalaia, a órbita dos satélites, da Lua, longe, longe no nosso sistema solar, isso porque havia adquirido ultra-visão, pois me encontrava num sistema interplanetário. Curiosamente, eu não estava com a famosa roupa EMU, a tal Unidade Móvel Extraveicular, usada pelos astronauta, quando precisam sair da nave a fim de explorar uma superfície ou realizar consertos externos em sondas espaciais ou na própria nave. Eu estava com aquele vestidinho usado, de fundo azul marinho estampado com folhas e floes verdes, azuladas claras e vermelhas, mais pra roupa de boneca e caminhava leve do solo, como dançando sobre nuvens de algodão coloridos e nada de chegar num horizonte. A principio, pensei que estava na estrela Trappist-1, de um dos três planetas recém descobertos pouco maior que Júpiter, a cerca de 40 anos luz do nosso planeta e com temperatura similar à nossa. Ou estaria eu na nebulosa Trífida? Acho que não, esta fica a 5.500 anos luz na constelação de Sagitário, (nem gosto desse signo) além de ser muito caliente diante de grandes quantidades de hidrogênio central, aquecida por estrelas jovens. Geralmente, quando pensamos em velocidade da luz, logo nos vêm à mente uma viagem ultra rápida, onde podemos ir de um ponto a outro instantaneamente, uma vez que a luz toma o posto de maior velocidade do Universo e nada pode ultrapassá-la ou alcançá-la. Porém, não é bem assim, vejam que a luz do Sol demora, por exemplo, cerca de 8 minutos para chegar até a Terra e em minutos de sesta, eu havia chegado além de estrelas, de Segundo Sol, porque, O Tempo não Pára e Sem Orgulho e Paixão, naquela Malhação intergaláctica, despertei com minhas colegas chamando, que era hora do Programa Estrelas da Angélica, na Globo. Puxa vida, eu nem tinha encontrado o Capitão Marvel! Ainda bem que mesmo num rápido sonho que pareceu uma eternidade, as aulas de geografia na faculdade, me ajudaram muito, tanto assim, que no fim, pude escrever um pouco sobre este devaneio onírico, aqui no Nosso Lado do Paraíso, um sonho real, como diz a musica do Lorde Dannyelvis. ***___Rosane Michelis – Jornalista, pesquisadora, bacharel em geografia e pós em turismo.
fonte: Rosane Michelis
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