Bomba na Repo$ição
Data:04/09/2018 - Hora:08h35
Reprodução Web
Geralmente as bombas explodem nos finais de semana que é quando poucos estão atentos à elas, aí vem o sábado, samba, suor e cerveja como dizia Caetano Veloso, o domingo de futebol e na segunda feira, dia oficial da ressaca, ninguém fala nada, só trabalha e engole o pão que o diabo, ops, o governo, amassou no weekend dos infernos. E foi no último final de semana, que o presidente de 3% nas pesquisas (margem de erro) ouvindo os apelos da equipe econômica, (o povo nunca existe mesmo) disse que vai suspender o reajuste de servidores públicos previsto para 2019. Que para isso, vai editar uma medida provisória adiando o aumento acertado com os servidores do Executivo para 2020, segundo ele, gerando uma economia de R$ 6,9 bilhões, na verdade, embolsando os R$ 6,9 bilhões que deveriam ser destinados a reposição salarial dos servidores; mesmo porque reajuste é conversa fiada, prá boi dormir, o que o servidor precisa é de reposição, não se pode falar em congelar salários sem congelar cesta básica, energia e os cambaus. E ai vem outro ponto, a questão de isonomia, o governo vai manter o reajuste (reposição) para os militares, que custará R$ 4,1 bilhões, e para o Judiciário, conforme acerto com ministros do Supremo Tribunal Federal. Nada contra, exceto a lesão isonômica, ou todos não são iguais perante a lei? Provado está, que não, que este artigo da Carta Magna não passa de um rabisco que nasceu morto. E lá vem o chororô do governo, que pelos cálculos do Tesouro Nacional, o custo do aumento para magistrados será de R$ 1,4 bilhão por ano; negativo: primeiro que repita-se não é aumento, é reposição, que aliás, todos os trabalhadores deveriam ter diante de uma inflação medida nos aumentos, (estes sim, são aumentos) dos preços nos mercados da vida; e segundo, que reposição não é custo ao tesouro, é obrigação de repor o percentual recolhido pelo erário, mesmo porque tributos nunca foram congelados. Os gravatinhas lacaios da corte, economeses que não tem vencimentos em atraso, arrocho salarial, semana de cinco dias úteis, 44 horas de trabalho semanal, esta sádica equipe apresentou ao tal presidente dos 3% na pesquisa Ibope, um quadro, segundo dizem, dramático das contas públicas, que, sem os R$ 6,9 bilhões referentes ao adiamento do reajuste dos servidores, as contas de 2019 não fechariam; que seria preciso cortar gastos em áreas fundamentais, como saúde e educação, aí já é demais, né, Mané? Ninguém fala em cortar gastos em salários milionários de políticos, em cobrar bilhões de impostos aos grandes devedores do tesouro, mas sacrificar a saúde agonizante na UTI, esquartejar a educação falida, isso eles defendem, é muita cara de pau; ora, se a conta não fecha, isso é problema deles, da incompetência generalizada do governo, porque, dinheiro tem. Veja o leitor que na tarde de sexta feira, 31 de agosto, do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, às 16n00 o Impostômetro, que contabiliza tudo que o governo afanou da gente de 1º de janeiro até a presente data via impostos registrava exatamente: R$ 1.549.656.574.952,60. O alegado falsamente rombo da previdência social é fake-news, então, paciência tem limite, a gente rufa e cobra, mas a maioria diz amém, inclusive as ditas instituições sérias deste país a deriva. Pode até haver no orçamento de 2019 a previsão de um déficit R$ 139 bilhões, mas ele não diz respeito aos trabalhadores, de assalariados, à classe media, que paga e caro, pra sobreviver nesta canoa furada.
fonte: Da Redação
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