Penitenciária estadual foi palco de 27 uniões no cível e religioso
Data:02/09/2018 - Hora:08h36
Assessoria
A Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, foi o cenário para a concretização de um sonho de 27 reeducandos e suas respectivas companheiras, que celebraram na manha da quinta-feira (30) a união civil e religiosa durante um casamento coletivo realizado na unidade prisional. Para o recuperando João Batista, 34, recluso há quatro anos e dois meses, este é um momento histórico. Ele crê que a partir de agora, começa uma nova etapa em sua vida.
Com direito a vestido de noiva, véu e buquê de flores, a esposa de João, Flávia Pereira, conta que, como toda mulher prestes a subir no altar, também ficou nervosa, mas venceu o nervosismo. Com um largo sorriso no rosto e lágrimas nos olhos, Flávia disse sim. “Nossa história de amor é complicada, mas teve um final feliz. É isso o que importa, porque casar era o nosso sonho e eu sou muito grata por ele acontecer”, comemora a noiva.
Os noivos são reclusos da ala evangélica e dos raios 1, 2, 4 e 5 da penitenciária e tiveram o compromisso selado por um pastor e um representante de um cartório civil. O evento foi organizado pela direção da PCE, associação dos servidores da penitenciária e parceria com a Defensoria Pública do Estado, que conseguiu junto ao cartório a gratuidade da taxa da união civil. O grupo de apoio aos familiares dos detentos auxiliou as noivas e decorou o local do casamento.
O secretário adjunto de Administração Penitenciária, Emanoel Flores, e o diretor da penitenciária, Revétrio Francisco da Costa, participaram da cerimônia e receberam os noivos e suas famílias. “Além da custódia, nós também somos responsáveis pela ressocialização do reeducando. E ao aproximá-lo da família, estamos contribuindo para que ele cumpra a pena com mais tranqüilidade e com a certeza de que há uma parceira do teu lado auxiliando no processo de reeducação”, observa Emanoel.
Este é o primeiro casamento coletivo de grande porte ocorrido na unidade. Segundo o diretor da penitenciária, a idéia da celebração surgiu de um recuperando que tinha vontade de casar. Mais que uma simples assinatura em um livro do cartório e da igreja, o casamento representa a junção de duas vidas com propósitos diferentes trilhando o mesmo caminho. Para o defensor público José Evangelista, do Núcleo de Execuções Penais, é um incentivo à ressocialização, que requer mudança efetiva de vida.
fonte: Assessoria com Redação
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