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Etanol que apura desvios de cooperativa de álcool e açúcar, chegou a Araputanga e Porto Esperidião, e prendeu empresários em prédio de luxo com Mercedes e Cherokee

 Investigado em operação que apura desvios de cooperativa de produtores de álcool e cana-de-açúcar, a Coprodia, Haran Perpétuo Quintiliano, responsável por abrir empresas fantasmas, foi preso em um prédio de luxo no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, na manhã de anteontem, (23). Com ele, a Polícia Civil apreendeu uma Mercedes Benz e um Jeep Cherokee, durante a Operação Etanol.

O delegado de Campo Novo do Parecis, Adil Pinheiro de Paula, que conduz às investigações, explicou que Haran é apontado como um dos principais articuladores da associação criminosa. Além disso, ele não tinha nenhuma ocupação licita e muitas empresas fantasmas eram ligadas ao seu nome. Com o capital desviado, ele adquiriu carros de luxo. “Esses veículos serão encaminhados a Delegacia de Campo Novo do Parecis e de lá ficarão à disposição da Justiça”, disse Pinheiro, em coletiva de imprensa.

Alguns dos investigados têm mais de um domicílio e serão notificados nas cidades ou estados que forem encontrados. Outros endereços (residências e empresas fantasma) serão alvos de busca e apreensão de materiais comprobatórios à investigação.

Em Mato Grosso foram cumpridos mandados de prisão e buscas nas cidades de Cuiabá (12), Várzea Grande (1), Araputanga (3), Campo Novo dos Parecis (7), Tangará da Serra (5), Santo Antônio do Leverger(1), Sapezal (2), Sinop (1), Porto Espiridião (2) Primavera do Leste (3) e Jaciara (1).

A 1ª fase da operação foi deflagrada em julho de 2017, em cumprimento de decisão judicial da 2ª Vara da Comarca de Campo Novo do Parecis, com parecer positivo do Ministério Público, para bloqueio dos bens de Nivaldo Francisco Rodrigues, apontado como um dos chefes do esquema criminoso. Foram bloqueados 15 imóveis em Campo Novo dos Parecis, 7 bens localizados em Juína, Cuiabá e Paraná, além de recursos financeiros, automóveis e gado, demonstrando o enriquecimento ilícito do suspeito.

O advogado Eduardo Mahon, que representa o ex-gerente financeiro da empresa, Junio José Graciano, informou que seu cliente não tem qualquer envolvimento com desfalques e, em juízo, auxiliará as autoridades a descobrirem os verdadeiros responsáveis por irregularidades administrativas.

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