Saúde: Direito de Poucos
Data:04/08/2018 - Hora:08h20
Reprodução Web
Nunca é demais repetir aquele contraditório da novela da vida real: claquet 1- personagens, Seu Zé, trabalhador assalariado, Dona Maria, do lar e faz umas faxinas pra ajudar no vencimento merreca, que garante a sobrevivência do casal e filhos. Claquet 2 – Servidores públicos do Posto de Saúde se virando nos 30 pra cuidar de centenas de doentes durante o dia; agendar consultas, só pra daqui seis meses e rezar pra não morrer antes; um único medico, ganhando mísero salário, pra atender levas de pacientes; farmácia faltando remédios, só tem dipirona e quando no muito, alguns similares placebos, que abreviam a morte dos coitados, lucro pro governo, quando o despachado pro além é aposentado, expirando junto o dito beneficio do INSS; claquet 3 – O político, (legislativo) deputado, senador ou governador e presidente, (o prefeito quase nunca entra na roda) esposa, filhos, amante e os cambaus, teve aquela dorzinha de cabeça (que não é de consciência, pois isso eles não têm), precisa de cuidados médicos, mobilizam-se os melhores médicos, ambulatórios, hospitais, tudo bancado pelos impostos do Seu Zé e da Dona Maria, dos barnabés do postinho, afinal, o doentinho é autoridade, vôte! Só pra ilustrar, ano passado, a Câmara Federal investiu R$ 17 milhões e 900 mil mensais em planos de saúde para deputados, ex-deputados e familiares, além de servidores ativos, inativos e dependentes de ambos. Pela ordem, diz um dos folgados: dessa continha, 54,13% vêm de um fundo de reserva e o leitor sabe bem de onde vem o tal fundo de reserva, claro, do bolso do trabalhador, para o saco sem fundo, com ou sem reserva, daqueles poderosos, que mesmo com o milionário plano de saúde, sequer precisam usá-lo. Caaaalma, que a gente explica: além do benefício, os folgados empregados do povo, têm a seu dispor o Departamento Médico da Câmara, o tal Demed, que atende deputados federais, funcionários efetivos e comissionados, aposentados e dependentes, óxentes! Localizado no Anexo III, o Demed é um verdadeiro hospital, onde é possível realizar consultas e fazer exames de diferentes especialidades, bem como receber atendimento de emergência. E tem mais, acreditem ou não, o deputado federal graças a uma lei criada por ele e pares da trupe, tem direito ao ressarcimento integral de todas as despesas hospitalares relativas a internação em qualquer hospital do país, caso não seja possível atendimento no serviço médico da Câmara. É uma vergonha, amigos, depois de tanto esculachos, cambalachos e patifarias que envolvem a politicalha tupiniquim, nem deveria existir o tal Dia Nacional da Saúde, celebrado anualmente neste 5 de agosto. Com certeza, o imortal medico sanitarista Oswaldo Cruz, importante personagem que na história do patropi combateu e erradicou epidemias de peste, febre amarela e varíola no começo do século XX, deve se mover no tumulo no dia 5 de agosto e lamentar não ter extirpado também o vírus da política brasileira. Se algum político ou puxa saco deles não gostou do papo, é só ficar na fila de um posto de saúde pra marcar consulta; com certeza, a fila da funerária anda mais rápida. Pode fechar a cortina, The End, Bom Dia!
fonte: Da Redação
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