Síndromes de Vice
Data:28/07/2018 - Hora:07h23
Reprodução Web
Aquela famosa tirada: vice é vaquinha de presépio, nunca esteve tão na moda como ultimamente, neste ano de eleições semi-gerais, exceto prefeito e vereador, vale tudo, até a síndrome de Neymar, haja vista o cai-cai de pré-candidatos à vice presidente e governador, hoje é um, amanhã, não é mais, depois de amanhã, surge novidade, no dia seguinte, já era, Deus o livre como dizem os gaúchos, nesta parafernália política que só está começando. Um presidenciável narigudo televisivo pulou do barco, com certeza pra não entregar de bandeja que seria um símbolo de Pinóquio; na corrida dos vices, a troca de bastão é semanal nas manchetes, tem astronauta, herdeiro da monarquia, filho de ex-vice, apelação feminina como vice, e os cambaus. O corre-gira chega em Cuia, de mala e cuia, mais malas que cuias, chegam os governadoráveis, nato e pré-sucedânaos em reuniões de alinhavos e costuras nas disputas que visem o tempo do maldito horário político gratuito que a gente paga, e caro. Nessa escolha de mesa redonda, poucos pré-candidatos estão preocupados na filosofia política das coligações, na linha político-comunitária da cabeça de chapa, como a dobradinha ajudaria o futuro eleito a trabalhar pelo povo, se o vice e a pregressa de labuta dos proporcionais junto a coletividade, etc. O que vale é, se fulano soma votos, se o partido de sicrano soma tempo na telinha e no radio, o resto deixa com as raposas, se os galináceos não cacarejam a ladainha do chefe, pouco importa, no cardápio politiqueiro, canja ou galeto, ajudam a digestão; sim, porque na gestão, nanicos sempre serão nanicos, usados e descartados, como os grandes empoderados fazem com o povão pós-urnas. Propostas as favas, o que importa nestas convenções é reforçar o time para sair com vantagens no placar das pesquisas, as promessas já estão prontinhas, a platéia, idem, que se arda o país, como diz nosso colega jornalista Fernando Brito, e cantavam os romanos, Alea-jacta-est, a sorte está lançada: quem se habilita a ser o segundo na cadeia de comando, e, nestes tempos em que varejar presidente pela janela virou moda, um potencial dirigente do país, invocando razões familiares para escapar-se à missão? De Ali-Babá a Pinóquio, o espetáculo chega a ser hilário, voltando a questão dos vices, tão em alta na bolsa de valores politiqueira tupiniquim. Todos, porém, prestam um grande serviço a seus patronos frustrados, correndo, rifando a vaga e os pretensos paquerados, fazendo CD, muitos se valorizando pelo que não valem e as convenções ficam pela metade. Acreditamos até, que o medo de aceitar ser vice se esbarre naquilo de tapar buracos do titular, mesmo porque a maioria que chega lá através de promessas, quando cai, a cratera é generalizada e ninguém quer se queimar na seqüência. Prá finalizar, seria bom que o TSE, magna corte eleitoral do país, tão preocupada com salamaleques, plagiasse: Que Brasil você quer para o futuro, registrando o que os candidatos se propõem a fazer nas áreas essenciais, incluindo uma cláusula, de cassação aos que deixassem de cumprir 25% ao ano, das propostas assumidas. Com certeza, sobrariam vagas para vices nos estados.
fonte: Da Redação
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