Cautelas anti-Golpes
Data:17/07/2018 - Hora:10h30
De repente o celular toca, muitas vezes é privado, você não sabe de onde vem a ligação, apenas ouve a voz de alguém desesperado, aludida vitima de um sequestro, (geralmente filho) clamando para que paguem o resgate ou os bandidos irão matá-la. Logo em seguida, a voz de um bandido, (este é bandido mesmo) e a ameaça, caso não seja depositado na conta tal, o valor $ xis. Pronto, está lançado o golpe, que pode ser evitado, primeiro, você deve perguntar ao safado, o nome da tal vitima, ele vai insistir que é filho (ou filha), aí, você desliga e liga para a aludida vitima, comprovando que tudo não passou de uma tentativa de extorsão com estelionato. Pode ser também de um aludido parente em viagem, que teve problemas com o carro na estrada e precisa de $ xis para pagar um mecânico, valendo a mesma cautela anterior, nome do parente e igualmente ligar para ele, derrubando a farsa; ou de um premio que você ganhou digamos, de R$ 50 mil, mas precisa depositar 10% na conta Y para receber a grana. Muito simples, é só concordar com o pilantra e sugerir que ele desconte os 10% do tal premio e deposite o restante em sua conta, que ele, claro, pego na mentira, nem vai querer saber qual o numero e desligar na sua cara, aleluia. Para quem pensa estes golpes serem coisa do século XXI, ledo engano, eles remontam ao primário golpe do bilhete premiado desde os tempos em que o reino tupiniquim, era colônia portuguesa. Inicialmente chamado de burla, o estelionato ganhou o sinônimo conto do vigário no fim do século 19. Naquela época, os golpistas se passavam por portadores de uma carta assinada por um padre, vinda da Espanha, informando que um rico coronel deixara uma fortuna, e que doaria o dinheiro a quem se dispusesse a pagar as custas processuais do inventário. Nos anos 60 do século XX, ficou famoso o caso de um vigarista que oferecia terrenos na Lua, inclusive com mapa do satélite da terra e viajando à Europa, nos deparamos com o caso do tcheco Victor Lustig que nos anos 30 do século passado, vendeu a torre Eiffel, em Paris, claro que ficou com a grana e não entregou nada. Veja o leitor, que dos golpes do bilhete premiado aos de falso emprego; do falso empréstimo; do falso funcionário do banco; falso parente; falso seqüestro; prêmios da TV, etc., os golpes se aperfeiçoaram mais com o advento da internet e das facções do crime organizado. Tudo bem, que o Código Penal nos artigos 171 e seguintes, tipifica o crime de estelionato como sendo aquele praticado pelo agente que emprega a astúcia, o engodo, a mentira, a fraude ou outros meios que possam manter alguém em erro, com a intenção de auferir vantagem ilícita, mas ad-cautelam, o importante é a prevenção. Mesmo, porque, exceto os vigaristas que aplicam estes golpes de trás das grades, os demais estão soltos. Enquanto isso, quem realmente trabalha com honestidade, cumpre seus deveres cidadãos e paga seus impostos, (ônus sem bônus), órfãos de direitos pelos governantes, continua preso em suas casas, sobrevivendo na selva de pedras. Só pra finalizar, quem cai num golpe de malandro, deveria também ser punido, pelo olho gordo, de querer levar vantagem! ***___Rosane Michelis – Jornalista, pesquisadora, bacharel em geografia, pós em turismo.
fonte: Rosane Michelis
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