Editorial: O Fundo é da nossa Conta
Data:19/06/2018 - Hora:08h18
Reprodução Web
Bomba, bomba, bomba, como diria o nosso amigo jornalista satírico da Folha, José Simão, cognominado por ele mesmo de Macaco Simão, tudo pode acontecer, Messi errar pênalti, Guerreiro amarelar na Copa, o Galo da França quase botar um ovo no gramado da Rússia, gente, a coisa anda russa lá na terra dos Czares; a bruxa solta, anda montada em pelo numa zebra, ah, se anda; e o brasileiro que fica sem comprar carne de terceira e usa o trocado em bandeirinhas do patropi, comemorando gol do Neymar, nem sabe que o imposto daquela bandeirinha, vai pra farra dos candidatos nas eleições. Quem acha que estamos exagerando é só nos intervalos dos jogos da copa, acessar o TSE e ler esta bomba que não é de combustíveis, mas explode no bolso do eleitor. Pois bem, o Tribunal Superior Eleitoral divulgou no final de semana, (geralmente é no fim de semana pra não sair nos jornais da TV antes das novelas) que o montante total do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para estas eleições, será de R$ 1 bilhão e R$ 716 milhões. Se o leitor adivinhar quem vai pagar esta conta, ele vai perder a vontade de gritar Gol do Brasil; pois é, Mané, é nós, a gente, o trabalhador honesto, a dona de casa, o pai de família, pros politiqueiros aparecerem no Horário Eleitoral contando mentiras, como se nossos ouvidos fossem penicos. Ilustrando para o amigo, este fundo foi criado no ano passado para regulamentar o repasse de recursos públicos entre as legendas e será repartido entre os diretórios nacionais dos 35 partidos com registro no TSE, em conformidade com as regras de distribuição estabelecidas na Resolução nº 23.568/2018, aprovada pela Corte Eleitoral no fim de maio. Ironia, eles aprovam e a gente paga, para o PMDB, PT e PSDB,: cotas de R$ 234,2 milhões, R$ 212,2 milhões e R$ 185,8 milhões, respectivamente. Em seguida, aparecem o PP (R$ 131 milhões) e o PSB (R$ 118 milhões) entre as legendas beneficiadas com as maiores fatias e os 2% restantes (R$ 34,2 milhões) repartidos igualmente entre os partidos com registro no TSE, independentemente de haver ou não representação no Congresso, uma vergonha, gente! Dizem que a sangria no bolso do povo prá bancar a palhaçada do Circo Brasil é porque a justiça proibiu doação financeira de empresas a candidatos e partidos políticos, devido os caixas-2 e negociatas com empreiteiras. E daí, o que, que a gente tem a ver com os corruptos? Se a metade da dinheirama roubada pelos políticos corruptos fosse usada no fundo eleitoral, ainda dava prá aceitar, afinal, perdido por perdido, truco, mas usar dinheiro dos cofres públicos, dinheiro nosso, pra campanhas, é complicado. Com certeza, pelo menos 1.700 escolas ou postos de saúde dariam para fazer com o mega bereré de R$ 1 bilhão e R$ 716 milhões, calculando uma media de R$ 1 milhão por unidade, mas os poderosos decidem e nossa grana vai pro ralo bancar a farra dos perdulários gravatinhas. Como se já não bastasse a gente pagar pelas propagandas mentirosas do governo na mídia. Em 2017, o governo temerário gastou R$ 379,4 milhões em propaganda, para informar e orientar a população como adotar comportamentos que tragam benefícios reais na melhoria da qualidade de vida. É debochar de nossa inteligência, coisa de fazer Ali Babá, babar de raiva; e fica a pergunta, como aprender a melhorar a qualidade de vida, deixando 35% do nosso suado dinheiro em impostos? não dá, né, gente!
fonte: Da Redação
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