Sem definição de tabela mercado produtor já perdeu R$ 15 bilhões
Data:14/06/2018 - Hora:08h47
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CNA não aceita tabela que afete o funcionamento do livre mercado no setor de transporte e os caminhoneiros permanecem irredutíveis ameaçando nova greve.
Nota sobre a tabela de frete no portal da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicada na tarde de anteontem às 14h16 pela Ascom da entidade, afirmava que a direção permanecia em constante diálogo com as lideranças dos caminhoneiros e do setor produtivo do país para discutir ajustes na tabela frete, mas até ontem, não havia nenhuma informação sobre a questão.
Oficialmente ainda está valendo a 1ª tabela, mas com valores impraticáveis, e que não é aceita para o fechamento dos contratos. Lideranças de várias áreas da produção brasileira continuam de prontidão, aflitos em busca de uma solução. Um desses técnicos é o coordenador- executivo do Movimento Pró-logística do MT, Edeon Vaz Ferreira, que responde pela movimentação de cargas e transportes do Estado mato-grossense. Conforme ele, não há solução, ninguém se entende, e, se alguém souber como resolver, que se apresente.
Ressalte-se que na última segunda-feira as lideranças dos caminhoneiros autônomos, reunidas em Brasília, não compareceram ao encontro marcado com a ANTT para encontrar uma solução para a tabela de fretes. A CNA (Confederação Nacional da Agricultura) entrou com uma ADIN (Ação de Inconstitucionalidade) sobre qualquer tabela que afete o funcionamento do livre mercado no setor de transporte. E também os demais setores produtivos não aceitam a imposição de tabelamento dos preços dos fretes de carga.
Por sua vez, os caminhoneiros permanecem irredutíveis em sua posição, ameaçando fazer nova greve caso não consigam um preço justo que dê sustentação para a atividade. Segundo cálculos do ministério da Fazenda, o País já perdeu 15 bilhões com a paralisação do mercado.
Os dados do setor privado que chegam à mesa do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, apontam para um atraso de 11 dias nos embarques do agronegócio. “Deixamos de exportar 450 mil toneladas por dia”, diz o ministro. É o suficiente para carregar 60 navios. Mas, sem carga, eles ficam parados no porto, sujeitos a uma cobrança diária de US$ 25 mil.
O quadro foi confirmado pelo diretor-geral da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes. “O mercado continua completamente parado. Tem 10 milhões de toneladas já vendidas e paradas no interior e 50 navios de soja ao largo dos portos esperando resolver essa situação para poder embarcar”, disse.
Segundo ele, há outros 60 navios chegando aos portos brasileiros e correndo o risco de enfrentar o mesmo problema. Na produção industrial, também há cargas paradas. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as empresas já enfrentam dificuldades para obter insumos.
fonte: Assessoria com Redação
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