Sto. Antonio X São Gontrão
Data:12/06/2018 - Hora:08h30
Reprodução Web
Para quem ama, hoje pode ser um dia especial, afinal, é o Dia dos Namorados, dos donos de floriculturas culpando ainda a greve dos caminhoneiros, para superfaturar o preço do botão de rosas, das corbeiles e ramalhetes, que agora, só no ano que vem, dia das mães já se foi, das mulheres passou e as demais comemorações não tem flor. Pode até ser que no dia dos professores, alguém meio sádico ofereça uma florzinha àquela sofredora mestra que estudou metade da vida para formar gerações e ganha menos de um décimo de um deputado semi-analfabeto. Ironias a parte, para mais no final deste papo reto, esta data ainda significa alguma coisa para os enamorados e que não são poucos, felizmente, pois o amor ao contrário da fome que alimenta a violência, ele conduz o ser humano à felicidade e induz à lutar por ela. Esta data, não oficial, destinada aos casais de namorados, pretendentes e apaixonados, no Brasil e Portugal, nos leva a Santo Antonio, (13/6) o santo casamenteiro e nos Estados e Itália, (onde se comemora no dia 14 de fevereiro) à São Valentim. Bispo da Igreja Católica, Valentim, foi proibido de realizar casamentos pelo imperador romano Claudius II e ao desrespeitar a ordem imperial continuando as celebrações de forma secreta, foi preso pelos soldados e condenado à morte. Enquanto estava na prisão, recebeu vários bilhetes e cartões, de jovens apaixonados, valorizando o amor, a paixão e o casamento, até ser decapitado em 14 de fevereiro do ano 270. D.C, daí o Valentine’s Day, aqui no patropi, comemorado 4 meses depois, para gaudio dos folguedos juninos. Anahiê, que muitos já estão na terceira tentativa de encontrar a cara-metade, mas não saem do quarto e tanto que cozinha, sem trocadilhos, vai ficando no avulso. Veja o leitor que desde que D. Pedro I oficializou o Dia do Fico, (podia ser num 12 de junho e não num 9 de janeiro) a onda de ficar virou moda, inclusive ele, o Pedroca já naqueles idos e vindos, curtia as curvas da estrada de Santos e as da marquesa claro. Claro também, que não chegaríamos ao extremo de dizer que o casamento é uma instituição falida, pelo contrário, mas anda perdendo para os divórcios, senão vejamos: após quarenta anos da instituição da lei do Divórcio no Brasil, um a cada três casamentos termina em separação, segundo dados do IBGE. Se naquele 1984 da promulgação da lei, as separações representavam cerca de 10% do universo de casamentos, com 93,3 mil divórcios, essa correlação saltou para 31,4% em 2016, com 1,1 milhão de matrimônios e 344 mil separações. E não temos ainda o universo de 2017, que deve ter sido bem maior, o que nos faz chegar a conclusão, que São Valentim e Santo Antonio andam perdendo pontos para São Gontrão, (Rei da Borgonha – 545/592 AC) o padroeiro dos divorciados. O édito de D. Pedro, aliás, nos remete a Lupercália, festejo romano em que cada rapaz escolhia a menina que deveria ser sua namorada durante o ano todo e no ano seguinte, partia pra outra, para a época, um lapso temporal relativo, pois ultimamente, depois do 3º encontro, a moda é mudar de cara. Como a Lupercália era comemorado no dia 15 de fevereiro, o amor de carnaval, renovado a cada ano, pode ter algo com a folia romana. Como diz um senhor ministro bem simpático aos presos, (não pelos laços do amor), modéstia às favas, casar deve ser bom mesmo, pois nem São Valentim e nem Santo Antonio ainda foram aposentados pelos eternos sonhadores. Os banquinhos de proclamas mostram que ainda tem e muita gente que acredita no amor, até que o divórcio os separe.
fonte: Da Redação
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