Anahiê, Juno!
Data:05/06/2018 - Hora:08h11
Oba gente, chegamos ao mês de junho, o sexto mês do ano, cujo nº 6 representa a união de opostos, de energias e forças, a saber: o fogo e a água, o macho e a fêmea, o coração e a mente. Por todas essas razões é o mês ideal para se praticar o Ritual do Equilíbrio com o objetivo de harmonizar nosso lado Yin e Yang, e gerar uma sintonia mágica, equilibrada e uníssona com ritmos da Natureza. Vamos lá, quem quiser aprender este ritual, vou procurar ensinar da forma como aprendi: escolha um local tranqüilo e sente-se. Do seu lado direito acenda uma vela branca e do esquerdo acenda uma preta. Cruze as pernas e coloque suas mãos espalmadas sobre seu peito, assim, como se estivesse rezando. Permaneça nesta posição por alguns minutos e sinta a energia que emana das velas formando um círculo de luz em volta do seu corpo. Imagine coisas opostas fundindo-se em apenas uma, por exemplo, como me ensinou a mestra Tânia Gori, um homem e uma mulher, o sol e a lua e use a sua imaginação. Depois de alguns minutos você estará sentindo-se renovada, as forças mágicas e equilibradoras permanecerão ao seu lado por muito tempo e você não vai esquecer esta experiência fascinante. Algumas pessoas procuram aguardar a chegada de 24 de junho, quando o Sol atinge o ponto mais ao norte em sua trajetória pelo céu, o solstício de junho, no começo do verão no hemisfério norte e do inverno no hemisfério sul, mas pode fazer hoje mesmo. Voltando ao nome Junho, ele é derivado da deusa romana Juno, mulher do deus Júpiter, que dava o nome ao quarto mês do antigo calendário romano. Na mitologia romana, a Deusa era a protetora da mulher, da maternidade, dos casamentos e dos nascimentos e a tradição ficcionista, legou às culturas romana e derivadas, tornar o mês de junho, o das festas para os amantes, para adivinhar o futuro e para acender fogueiras nas quais se deve queimar o velho e começar uma nova vida. Daí as festas juninas, comemoradas praticamente no mundo inteiro, as fogueiras dos três santos juninos, ainda tradicionais na roça, com adivinhações e crendices, simpatias e fantasias, ao som da sanfona (Mario Zan) e as quadrilhas. Se do império romano herdamos na ficção belas passagens e personagens, da idade media e moderna, as festas juninas se referem à lenda da fogueira que Isabel teria feito para avisar Maria do nascimento de João Batista. Dizem que Isabel, mãe de João Batista e Maria, mãe de Jesus, eram primas. No Brasil, o folguedo junino, remonta ao descobrimento, aos portugueses que aqui chegaram em 1.500 e décadas seguintes, trazendo de além mar as festas juninas de São João no Porto e o Santo António em Lisboa. Falar em festa junina (Ave Juno) e não falar em quadrilha, é pecado, ah, tempos bons, festança na Cáceres dos anos 70, a gente com roupa caipira, faces com rouge forte de maquiagem, cabelo de trança com fitas, chapéu de palha, anahiê, moçada! padre, padrinhos, o casamento a moda antiga, noivo obrigado a casar com a noiva, sob a pressão do pai dela e do delegado, e o marcador da quadrilha, narrando os pares na dança ao som da sanfona riscando a mazurca. Se fosse hoje, ele diria: “acabou os combustíveis: é mentira; lá vem a PRF; caminho da roça,” e finalizando a formação de um caracol pelas damas e cavalheiros, Anahiê, até a próxima semana. ***___Rosane Michelis – Jornalista, pesquisadora, Bacharel em geografia e pós em turismo.
fonte: Rosane Michelis
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