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Alguém conhece a estória do trem fantasma? Nããão, não se trata do VLT de Cuiabá e sim de uma lenda pantaneira de Seu Sebastião, que garante que via uma luz misteriosa nos trilhos e ninguém soube explicar, mas o causo viajou e virou filme, contada pelo ex-ferroviário pantaneiro de 70 anos. Tem também a fábula do caminhão fantasma, parado por um carona numa fria noite de chuva fina com relâmpagos riscando o céu e de tanto frio, o fulano entrou na cabine do tal bruto e olhou para a esquerda para agradecer ao motorista, mas não viu ninguém; ele estava num caminhão fantasma. Mas que preâmbulo mais sem graça, dirá o leitor, ledo engano, embarcamos num trem e num caminhão fantasma, porque a Brasília sem condutor está parada anos antes dos caminhões nas estradas da vida tupiniquim, reféns de uma política suja e podre. Nesta viagem de fábulas, chegamos a triste realidade de um no Brasil desgovernado, onde os poderes do Estado batem cabeça e os donos dos caminhões precisam parar, para tentar acabar com os impostos escorchantes no preço dos combustíveis praticados pela Petrobras, que está vendendo seu patrimônio para aumentar o lucro dos acionistas. Na Boléia da Brasília, o Fantasma, usou o dinheiro dos impostos para comprar votos e assegurar o poder; e na longa estrada da vida, o brasileiro enfrenta as armadilhas de estradas em frangalhos, serviços públicos uma miséria e as empresas fechando portas e empregos. Veja o leitor que num período de duas semanas e meia de horror, em 17 dias, a gasolina aumentou 11 vezes e o caminhoneiro, este herói anônimo que engole lua pra transportar o progresso num país sem ordem, atropelado pela insensibilidade do governo, não teve outro atalho, senão pisar no freio e desligar o motor do bruto. Claquet: segundo capítulo da novela catastrófica: Plantão da mídia regada ao erário, anuncia que o governo chegou a um acordo com os grevistas, vai reduzir o preço do diesel e para cobrir o rombo que eles mesmo criaram com sua política suja, farão a reoneração das folha (impostos) nos encargos sociais das empresas, ou seja, o povo novamente pagando pelas patifarias do governo; pelos lucros da Petrobras e subsídios aos estrangeiros que mamam barris para saciar sua sanha capitalista. Vai resolver? Claro, que não, pois a oneração vai ampliar ainda mais outra desgraça gerada pelo desgoverno instalado na Brasília sucateada, o maldito desemprego, que cresce a cada dia que passa e ultrapassou a barreira dos 13,5 milhões. Como disse José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas) a tal reoneração fará com que os preços de venda das máquinas suba em média 4%, levando os investimentos no Brasil a ficar 4% mais caros, piorando a competitividade da indústria nacional. Sem sombras de dúvidas, o tal Fantasma na Boléia da Brasília Sucateada pelo visto, quer isso mesmo; a greve dos caminhoneiros veio apenas comprovar que a carreta do Governo está desgovernada e bateu feio sobre a economia. Qualquer decisão tomada, sobretudo em ano eleitoral, será como jogar gasolina na fogueira, então, que se reduza os salários e benesses dos deputados, senadores, ministros e todos os poderes, sem privar o povo de mais sacrifícios, porque a água bateu na cintura e se alguém tem de sofrer no mar enlameado, que seja quem sujou a água.

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