Bolha Assassina
Data:15/05/2018 - Hora:08h24
Reprodução Web
Na clinica geral do jornalismo interiorano, a verdadeira oficina do profissional de imprensa que precisa se desdobrar em vários, mesmo com salário de um, deixando na gaveta as teorias de faculdade e ficando careca antes do tempo, a gente aprende, meio na marra, na necessidade, mas aprende. Começamos a editar um jornal após 25 anos em 2003 no Novo Estado em Sinop, depois de 10 anos como repórter policial em São Paulo e 5 nas redações entre reportagens de campo e produção de matérias. Inserimos o preâmbulo, pois o bate-papo de hoje é sobre economia, disciplina que nunca fez nossa praia, aprendizado teórico apenas pra nota mínima exigida no curso de direito. No jornalismo, poucos são os especializados em economia, existem claro, os curiosos metidos a economeses e os que pesquisam pra não cometer deslizes, bem como buscando socorro nos articulistas renomados, como Nassif, o nosso caso. Pois bem, neste contexto, vamos analisar nesta terça feira, as ameaças da Bolha Assassina estourar logo, logo nas margens nem tão plácidas da nossa economia abalada pelas mazelas dos governantes, avalizados pelo congresso nacional, às vistas claras obscuras do terceiro poder. O barco a deriva ameaça soçobrar, chegamos ao dólar no patamar de R$ 3,61, uma variação de 15% sobre sua cotação de 12 meses atrás: em maio de 2017, a cotação estava em R$ 3,18 e tudo vai bem na terra de Pinóquio; como dizia Caetano Veloso: o sol nas bancas de revistas aquece a nova rotineira, de 2017/2018, que a Petrobras anunciará novo reajuste dos combustíveis, pressionados pela alta do petróleo e cediço que o ouro negro comanda a economia do planeta. Falando em petróleo, os números do comércio exterior revelam que a importação patropi de combustíveis e lubrificantes totalizou 5,6 bilhões de dólares no acumulado dos três primeiros meses do ano, aumento de 45% sobre igual período de 2017. Nos últimos 12 meses até fevereiro, a importação de óleo diesel totalizou US$ 6 bilhões, dos quais quase 80% vieram dos Estados Unidos, não por acaso, um dos principais interessados no estouro da Bolha Assassina da crise no reino tupiniquim. Nessa letargia administrativa os altos executivos da Europa não se arriscam a investir na gentil pátria amada Brasil, c/f nota do Banco Central, cuja minuta revelou que os investimentos estrangeiros diretos no país caíram de 16,7 bilhões de dólares nos dois primeiros meses de janeiro de 2017, para 11,2 bilhões em igual período deste ano, queda de 33%. Na economia real, aumento da energia elétrica, do telefone, da cesta básica, dos etcéteras, temos um quadro de desemprego, precarização do mercado de trabalho e queda brutal do nível de investimentos e tapar o sol com a peneira, não dá, amigos. Não adianta a fala mansa e falsa do presidente do Banco Central, Goldfajn, insinuar que os juros ainda podem cair, falácia que não recebeu crédito nem mesmo entre os adoradores do BC. O motivo é simples: a alta da moeda americana vai, necessariamente, refletir-se na taxa de inflação e, portanto, no juro real, porque sem uma política de compensações, um aumento no dólar não será absorvido sem repasses pelo mercado. Trocando em miúdos, a mistificação da grande mídia escondendo a realidade trágica que se anuncia, pode até enganar trouxas, mas segurar o estouro da Bolha Assassina inflada com a desgovernança, ah, isso não vai ser possível, nem mesmo com reza brava.
fonte: Da Redação
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