Poder & Liberdade
Data:03/05/2018 - Hora:13h03
Reprodução Web
O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, que celebra o direito de todos os profissionais da mídia de investigar e publicar informações de forma livre, é comemorado neste 3 de maio e diante de tantas fake-news, mídia serviçal em grande maioria deste Brazilzão perdido, pouca coisa a gente que prima por uma imprensa séria e ética teria a comemorar, mas compensa analisar esta tal liberdade. A nossa missão era até uma década atrás, o 4º poder, até ser diluída pelo até então poder moderador do parquet, que nunca integrou o poder judiciário, como muitos pensavam, mas, nas entrelinhas, nos bastidores, a gente continua a luta diária. No Brasil, a questão de poder é muito relativa, se analisarmos de forma extra-oficial, ultimamente, temos só dois poderes, o legislativo, e o judiciário se atropelando par a par com o executivo, numa guerra de quem pode mais e quem faz e acontece. Fora da linha de tiro deles, com o pouco de liberdade que nos resta, vamos tocando o barco. Desagravos a parte aos nossos colegas que jogam limpo na imprensa sã, vamos lá: o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa foi criado pela UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, no ano de 1993, portanto há 25 anos passados, para alertar sobre as impunidades cometidas contra centenas de jornalistas que são torturados ou assassinados como conseqüência de perseguições por informações apuradas e publicadas por estes profissionais. Alvo ainda dos poderosos, a mídia atual tem duas saídas, ou vira capacho do poder mandatário que paga conforme a ordem expedida, e, claro, cumprida, ou mantém-se eticamente profissional e, sobretudo economicamente, sofre as conseqüências de sua postura profissional. Liberdade de Imprensa é uma palavra bonitinha, mas ordinária, parafraseando Nelson Rodrigues, você a tem, mas não pode usar na essência, ou, usa de forma abusiva achando-se o dono em verdade das mentiras vertidas. Importante, amigos, que jamais se confunda a liberdade de imprensa como libertinagem de imprensa, pois além, da verdade, todos os demais direitos, são limitados e disciplinados pela ordem e a ética. Aquele que proceder de forma oposta, que troca as bolas, abusando de sua função de arauto por interesses próprios ou de outrem, que o sustenta com barganhas na divulgação de fakes, nunca soube o sentido estrito de Liberdade de Imprensa. Veja o leitor, que nas fimbrias desta tal liberdade de imprensa apregoada por rábulas da mídia, garantias básicas como o amplo direito à defesa, presunção de inocência, não exposição pública vexatória e sigilo telefônico foram violadas como expediente em famosos casos recentes no país sob o manto de um alegado deste direito, dito intocável. Os mais céticos podem até dizer que hoje em dia tudo é verificável e, portanto, não é fácil mentir, que estamos exagerando. Realmente, ficou mais difícil do que no século XX, mas a dificuldade tem sido superada pelos rábulas com dois elementos básicos: a insistência na asseveração falsa, apesar dos desmentidos confiáveis; e a desqualificação de quem a contradiz. E a isso se soma um terceiro fator: milhões de pessoas prescindiram dos intermediários de garantias (previamente desprestigiados pelos enganadores) e não se informam pelos veículos de comunicação rigorosos, mas diretamente nas fontes manipuladoras, as malditas páginas de Internet relacionadas e determinados perfis nas redes sociais e assim, a era da pós-mentira fica configurada, entenderam?
fonte: Da Redação
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