Juiz Geraldo Fidelis aciona operação contra fraude e ex-assessor vai preso
Data:26/04/2018 - Hora:09h00
Reprodução
O ex-assessor do gabinete da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, Pitágoras Pinto de Arruda, acusado de fazer parte de um esquema de fraudes em processos de progressão de regime de presos, foi denunciado pelo próprio juiz com quem dividia seu expediente profissional, o magistrado Geraldo Fernandes Fidélis. Ex-assessor judiciário, ele foi preso na Operação “Regressus”, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil (PJC), na manhã de ontem.
Fidélis denunciou o esquema em janeiro deste ano, na Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e também no próprio GCCO. O magistrado alegou que teve que “revisar” duas sentenças nas quais Pitágoras atuou como assessor de gabinete. Pitágoras ocupava o cargo de técnico judiciário na comarca de Porto Esperidião com vencimentos de R$ 4,4 mil.
Pitágoras Pinto de Arruda, teria cometido pelo menos 10 crimes de peculato durante sua atuação na Segunda Vara Criminal de Cuiabá, desviando os valores para a conta da mãe, como informou o delegado Diogo Santana, titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
De acordo com informações da PJC, a operação “Regressus” (retornar ao sistema) cumpriu três mandados de prisão preventiva e 19 ordens de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Rio de Janeiro. Os alvos com prisões expedidas pela 7ª Vara do Crime Organizado, foram dois criminosos, ex-presidiários notoriamente conhecidos.
Um deles, Marcelo Nascimento Rocha, ficou famoso nacionalmente após fingir ser Henrique Constantino, filho do proprietário da Gol Linhas Aéreas, durante uma entrevista ao programa “Amaury Junior”. Ele foi preso treze vezes em diversos Estados e conseguiu fugir de nove prisões, muitas vezes, pela porta da frente. Sua história, inclusive, virou filme: VIPS – Histórias Reais de Um Mentiroso, um sucesso nos cinemas brasileiros em 2014. O ator Wagner Moura interpretou Marcelo Nascimento. O outro preso na operação é o traficante Márcio Batista da Silva, conhecido como Dinho Porquinho.
A investigação é sedimentada em três inquéritos instaurados na GCCO, que apuram fraudes processuais para obtenção de progressão de regime, peculato e também lavagem de capitais de reeducandos que progrediram usando documentos falsos.
fonte: FM com Redação
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