O Brasil de Tiradentes
Data:21/04/2018 - Hora:08h55
Reprodução Web/Montagem
O mês de abril é pródigo em datas comemorativas, a começar pelo Dia de São Nunca, comemorado três vezes no ano, 30 de fevereiro, 1º de abril, e 1º de novembro; sem chorumelas, porque assim como não existem 30 dias em fevereiro, o dia 1º de abril é dia da mentira, mas, no primeiro dia de novembro, sem contestações, é o dia de todos os santos, com certeza, ele entra na brecha. Num papo laico, não estamos aqui pra falar de santo e sim das datas comemorativas deste abril do bota fora das chuvas, que maio logo mais 10 dias bate a porta e haja sol pras mães. Vote, que o papo aqui é abril, Cho-Mano, degoreste, abril fecha o tempo no calorão que até cachorro na bunda sua, cachorro que late nágua, late em terra e jacaré no seco anda. Depois da mentira do dia 1º que a gente nem comenta mais, diante da mentirada nos demais 364 dias do ano, duas datas nos lembram o 1º de abril, Tiradentes neste sabadão 21 e o descobrimento do Brasil amanhã, 22. Vamos lá: tinha que ser em abril mesmo estas duas efemeridas. Prá começar que o Joaquim Tiradentes era alferes do exército, portanto,nunca usou cabelos e barba longos e mesmo se assim o fosse, na prisão era comum os presos terem as cabeças raspadas ou cabelos curtos e a barba feita, para se evitar problemas com piolhos, algo comum em muitas prisões antigas. A história mal contada sobre Tiradentes que provado está nunca morreu enforcado, nem mesmo pelo casamento, só serve pra mostrar que já naqueles tempos 230 anos passados, havia a tal da delação premiada, cópia de Judas Iscariotes e reeditada agora na Lavajato. O doleiro da época, um tal de Silvério dos Reis, tirou a bunda da seringa e entregou o bacana Xavier, que não esperou a PF do rei botar a corda no pescoço dele e pagou uma propina para o ladrão carpinteiro Isidro Gouveia, balançar a roseira. Depois do contragolpe,Tiradentes foi embarcado incógnito na nau Golfinho, em agosto de 1792, com destino a Lisboa, levando sua namorada, Maria Perpétua Mineira e os filhos do ladrão morto Isidro Gouveia, que não poderiam ficar no Brasil para contar a verdadeira história. Tanto é verdade, que 167 anos depois, em 1969, o historiador carioca Marcos Correa viu em Lisboa, fotocópias de uma lista de presença na galeria da Assembléia Nacional francesa de 1793. E ao lado da assinatura de José Bonifácio, aparecia a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier. Bem, agora vamos ao domingo, dia 22 de abril Descobrimento do Brasil, será? Pois bem em 1498 o português Duarte Pereira Pacheco já teria explorado a foz do Rio Amazonas, mas a coroa portuguesa quis evitar conflitos com a Espanha e manteve a história em segredo, só oficializando a descoberta com a chegada de Cabral por aqui. Obra do acaso, como nos foi ensinado durante muito tempo nas escolas? Ato intencional, segundo as evidências? Qual teria sido a verdade do descobrimento? Segundo alguns historiadores tinha a esquadra de Cabral, o objetivo de complementar a missão de Vasco da Gama, que havia encontrado o caminho para a Índia, e portanto, impor as diretrizes comerciais e políticas que o mesmo, com sua pequena frota não conseguira estabelecer. O historiador Eduardo Bueno, narra que Vicente Yanez Pizom e Diogo de Lopes navegaram por costas brasileira entre janeiro e março de 1500, bem antes do dia 22 de abril; E Rocha Pombo, conclui que Cabral ao descobrir o Brasil , não fez mais que um reconhecimento. Como podemos observar as controvérsias perduram até os nossos dias. Pra deixar funcionário público mais furioso do que a merreca de salário, nem feriado o Tiradentes foi este ano, Vôte!
fonte: Da Redação
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