Fanfarronices Sazonais
Data:04/04/2018 - Hora:08h01
Reprodução Web
Senhores do Brasil Ordem e Progresso, não é mesmo? mãos se esfregando, mexendo nos microfones, cacoetes Scarfacianos: Abram alas, o milagre aconteceu, chamem os arautos do engodo, que rufem os tambores e soem as trombetas, avisem os aspones de plantão, GAPs e Staffs, puxa sacos e os cambaus, porque a crise acabou, Heureca: o país gerou 35.612 empregos em fevereiro deste ano, é o Caged que está informando, liberem verbas pra grande imprensa divulgar esta vitória do governo! São Cipriano da Orelha tronxa, ou é fanfarronice sazonal, ou ironia pra enganar trouxa, veja o amigo leitor, que 35.612 empregos divididos por 5.570 municípios, teremos algo em torno de seis empregos por município durante 28 dias de fevereiro. Claro, que a gente não torce pelo pior, nem precisa, ele está no dia a dia, reflexo do desgoverno instalado no patropi e esta questão do desemprego, já havíamos dito aqui neste espaço democrático do Correio Cacerense, é conseqüência óbvia, sem investimento público, (uma expressão que provoca horror na turma do Meirelles), não haverá retomada para o pais. Os empregos de fevereiro, carnaval, assim, como de fim de ano, Natal, do mês que vem, Dia das Mães, são temporários e com o fim destes contratos, a taxa de desemprego do país aumentou. Nestas épocas, sem nenhuma surpresa ou alvoroço demagógico, o mercado de trabalho apresenta reação, dita pelos economeses do governo, como recuperação, desafogo, conquista, quando na verdade, se trata de emprego informal, sem carteira de trabalho. Importante que se diga, que desde que o IBGE adotou a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) como principal fonte de dados do mercado de trabalho, não se tem mais a taxa exata de um mês, mas sim a do trimestre móvel terminado nesse mês. Tanto o emprego como o desemprego divulgado num dado mês é uma média entre a taxa desse mês e as dos dois anteriores. Por exemplo: o resultado mais recente foi a média dos meses de dezembro, janeiro e fevereiro e não de fevereiro, como apregoou o governo. Segundo a série histórica que começou em 2012, o aumento do desemprego é normal quando o trimestre móvel chega a janeiro e nos últimos quatro anos, a taxa de desemprego cresceu entre janeiro e março. Normalmente, ela recua a partir do 2º trimestre, exceções registradas em 2015 e 2016, diminuindo em 2017, depois de atingir o pico em março, mas os recuos não foram suficientes para uma redução substancial do desemprego, tanto que o primeiro número de 2018 é praticamente igual ao de 2017. Trocando em miúdos, não houve reação no 1º trimestre de 2018, salvo a farsa mal-contada da sazonalidade, o emprego temporário. Só pra fechar prá balanço, por conta desta tal sazonalidade do mercado de trabalho, propagada pelos poderosos temerários, os postos de trabalho inflam e murcham, é natural! Portanto, os dados divulgados pelo IBGE mostrando uma nova elevação do desemprego e, sobretudo, que as carteiras assinadas minguaram ao menor nível nos últimos seis anos é a prova disso. Mesmo com a redução dos direitos trabalhistas, o mercado não contrata e não contrata porque sabe que o país não tem uma política econômica de incremento da atividade da economia, além de calçado em corrupções escamoteadas.
fonte: Da Redação
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