Passado presente a Limpo
Data:03/04/2018 - Hora:07h56
Quem pensa que é moderno hoje em dia, nem imagina, como era nos anos 80 do século passado, parece longe, não é? mas nem tanto, foi ontem mesmo, para quem viaja nas ondas do pensamento que não conhece distancia e sabe que ser balzaquiana é o supra-sumo da elegância, do bon-vivant, de um retrô presente em decisões experientes e sadias. Quem sentiu o 50 bater à porta, sabe que idade é uma questão de cuca, mesmo se atualizando, que faz parte, não esquece de 30 e poucos anos passados, quando a vida era muito mais curtida, numa nice, sem perigos. Como era bonito o cabelo poodle com bastante volume, por vezes, com os fios mais curtos na parte de cima, bem melhor que o candy color ou long bob. Evo que dizer das roupas com cores vibrantes e tons flúor, jaquetas grandes, polainas, coletes, no pescoço, muito colar, nos pulsos, muita pulseira, quanto mais over melhor. Nada de Lollapalooza, o barato das Lolitas nas discothéques e danceterias, era o grupo Menudo, com o gato Ricky Martin, paixão das meninas; Os mauricinhos se derretiam com a Cindy Lapuer, cabelo de fogo, o papai com seu toca-discos rodando o vinil e a gente, mais moderna, ao som de um toca-fitas no painel do Chevette, bem melhor ouvir que Demi Lovato no pen-drive, não acham? As mais ousadas copiavam o endereço do ídolo na capa do LP e vapt uma cartinha que nunca tinha vupt, aliás, falando em carta, aqueles envelopes Via Aérea, Par-Avion, os papeis de carta viraram uma febre, coloridos e decorados, que, muitas vezes, as pessoas preferiam colecionar a escrever neles de tão fofos que eram; Alguns crush’s da época, a gente encontrava na escola, na danceteria ou na missa, não tinha celular, telefone só o da casa, de uso comum e toda família ouvia a conversa, então já viu, sem chances. Pra falar a verdade, os crushs nem existiam, as paqueras eram com os mauricinhos ou maluquinhos cabeludos tipo Raulzito, o Seixas; E a gente como não havia rede social, tinha um caderno de enquete como aliado, que era passado com perguntas variadas pela turma e depois ver as respostas do sonhado flerte, era tiro e queda! Se o gato estava livre, era aguardar um bailinho de garagem, os atuais rolezinhos, e pronto, lascar um splish-splash, sem perigo de selfies e com a certeza que esta ausência nos livrava de incômodos, como hoje em dia, a viralização na net. Viram como era gostoso viver há 30 e poucos anos atrás? Foi com esta viagem até os dias de hoje, que a gente de uma geração limpa, sadia e sem deprê colhe neste século XXI, os frutos saudáveis do bem viver maneiro, com muita coisa boa prá contar, como este papo firme, concordam? Nada contra o modernismo e suas redes e mídias sociais, Facebook, LinkedIn, Twitter, Instagram e Pinterest, a gente usa sim, elas são úteis sabendo usar de forma consciente. Nos anos 2030, nossos netos dirão: que caretice, né? ***___Rosane Michelis – jornalista, bacharel em geografia e pós em turismo.
fonte: Rosane Michelis
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