PJC-MT

Parricida diz que estava bêbado e que o pai tentou lhe passar um sermão, mas o iter-criminis mostrou que ele agiu friamente e dissimulou socorros às vitimas. 

Em depoimento à Polícia Civil na tarde da terça-feira (6), Adriano Alves Manoel, 33, confessou ter matado o seu pai Noraíde Manoel Morais, 64, e a sua mãe, Elza Alves Manoel, 63, dentro do rancho da família, às margens do Rio Jauru, no Município de Glória D’ Oeste, região de Cáceres, na tarde da segunda-feira (5).

De acordo com o delegado Gutemberg de Lucena Almeida, no depoimento ele alegou que assassinou os pais durante uma discussão, que chegou em casa bêbado e fora agredido pelo pai, que era policial civil aposentado.

Como já descrito pela policia e imprensa geral, Adriano tinha um histórico de passagens pela Polícia por vários crimes, entre eles uso e tráfico de drogas. Conforme o delegado Gutemberg, ele tentou justificar o bárbaro duplo homicídio, alegando que o pai o agrediu por vê-lo totalmente fora do normal.

Como, segundo disse, tinha bebido, tomado alguns remédios e durante esse puxão de orelha do pai, viu uma faca em cima da mesa e desferiu-lhe alguns golpes, quando sua mãe interveio e ele, na seqüência, desferiu facadas também na mãe.

Nas investigações, a equipe do delegado Lucerna Almeida, apurou que o assassino parricida após o crime, jogou a faca no rio, retornando ao rancho, desfazendo e alterando toda a cena do crime, inclusive escondendo as armas legalizadas do pai. Recolhido à disposição da justiça, Adriano deverá responder por duplo homicídio qualificado, com a agravante das vitimas serem seus pais e maiores de 60 anos.

Considera-se também a frieza do homicida que após desferir 12 golpes no pai e 3 na mãe, tentou se safar de futuras suspeitas, (confirmada pelas investigações que derrubaram seu esquema iter-criminis), levando o casal praticamente morto, até o posto de saúde de Porto Esperidião. O bárbaro crime consternou toda a população de Glória D’Oeste e região, onde Noraíde, tinha uma legião de amigos, durante as décadas que trabalhou além daquela cidade, em Porto Esperidião e Cáceres.

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