Divulgação/Arquivo Familia Michels

A saga dos Michels, imigrantes alemães que no século XVIII chegaram no Sul do Brasil começou em 1824, quando os primeiros grupos de germânicos foram se fixar no Rio Grande do Sul, promovendo a colonização na província e partir daí se expandiram por toda a região. O fluxo de imigrantes alemães para o Rio Grande do Sul foi contínuo entre os anos de 1824 e 1830, totalizando aproximadamente 5.350 recém-chegados.

A imigração no Rio Grande foi interrompida entre 1830 e 1844 para, neste ano, ser reiniciada com a entrada de aproximadamente mais dez mil indivíduos, dentre eles, o patriarca da Família Michels. Em Santa Catarina, todavia, o fluxo só foi mais intenso mesmo após 1850 e Joinville é fruto de uma fase de ocupação de outra região da província a partir de 1851, a partir da qual se expandiram por todo o norte de Santa Catarina.

Dos remanescentes, Padre Evair Heerdt Michels, decidiu escrever a genealogia familiar. Filho de José Lino Michels e Lorena Maria Heerdt, nascido em 24 de junho de 1972, em Armazém/SC, ele se ordenou Sacerdote da Congregação de São José (Jpsefinos de Murialdo), em 2 de janeiro de 2000 e já publicou 3 obras: 1828-2008: 180 anos da Família Michels no Brasil; Família Heerdt e agora em 2018 lança seu mais novo livro, Famílias Michels no Brasil, com 756 páginas, que conta a saga dos Michels.

O livro que será lançado neste sábado, 3, durante o primeiro encontro da Família Michels, em Braço do Norte, Santa Catarina, relata a história das 14 famílias Michels que imigraram para o Brasil, em épocas diferentes, e para lugares diferentes, (seis no Rio Grande do Sul, cinco em Santa Catarina, duas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro) e de acordo com a pesquisa/livro, existem cerca de 22 mil Michels registrados. Um deles, Aderbal Michels, in-memoriam :1985, deixou seu nome nos anais da história de Cáceres.

Aderbal: O Pai do FIPE

Quase dois séculos de aportar o Brasil, dos ancestrais germânicos, um precursor da linhagem, natural de Tubarão, Santa Catarina, Aderbal Michels, (Michelis por erro de cartório) no final da década de 70 do século XX, já radicado em Cáceres desde 1962, onde residia seu pai Bertolino, criou em 1980, aquele que hoje é o maior festival de pesca embarcada do planeta terra, o FIPE. Tudo começou em 1979, quando o técnico em eletrônica Aderbal em visita a Barra do Bugres, onde prestava assistência a torre de televisão e rádio amadores, visualizou o cartaz com a publicidade de uma gincana de pesca, organizada pela prefeitura. Apaixonado pela pesca, Aderbal ao inscrever sua equipe composta por ele, seu pai Bertulino e seu filho Adilson, à época, impedido por ter apenas 13 anos, dando a vaga ao jornalista do Correio Cacerense Luizmar Faquini. Aderbal, que além de pescador, era técnico de eletrônica, criou a 1ª emissora de radio de Cáceres, a TransLider, (foi locutor da Radio Club com  Chico Osmiro, Airton Montecchi e Enio Dorado) se foi em 1986, deixando registrado para a posteridade cacerense, a marca Michels, no legado do FIPE. Cite-se sua participação com Joni Fontes e Esmael Sortica Gomes, na construção e implantação da Cia telefônica (modelos de peças foram tirados de um livro em alemão) desde as bobinas até os equipamentos mais sofisticados para a transmissão e dele especificamente, a primeira torre de televisão de Cáceres.

»     Comentar

Nome
Email	(seu email não será exposto)
Cidade
	(Máximo 1200 caracteres)
Codigo