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Quem milita na imprensa do interior, geralmente vem de uma escola decana, de grandes jornais de capitais, buscar um sossego e aprender mais um pouco, pois é aqui, a verdadeira oficina in-loco, onde se conhece o verdadeiro jornalista, onde ele por vezes, precisa voltar as origens, ser o repórter de começo de carreira, o perdigueiro que buscava as reportagens. Com 40 anos de imprensa, começamos num 15 de janeiro de 1978, nossos primeiros passos foi como aprendiz de repórter, claro, que esta função não existe na CLT, que diga-se de passagem, os poderosos maquiavélicos revogaram em parte. Por 10 anos militamos como repórter policial em jornais diários de São Paulo, uma labuta e tanto, mas que nos ajudou em muito na faculdade de direito e vice-versa, ela também nos foi útil, nas redações de jornais, conciliada com a advocacia. Nosso preâmbulo abre o bate-papo para neste 16 de fevereiro, homenagear os repórteres pelo seu dia registrado no calendário, o Dia Nacional do Repórter, relembrando Euclides da Cunha, considerado por alguns como o primeiro repórter do Brasil, devido à cobertura da Guerra de Canudos em 1896. Na época, o autor de Os Sertões entrevistou presos, pesquisou arquivos sobre os personagens da guerra, como Antônio Conselheiro, e narrou para o Brasil, o que acontecia no arraial. Importante enfatizar, que nem todo jornalista é repórter. O repórter, geralmente, cobre uma pauta definida pelo seu chefe, o editor e como os jornais são divididos em editoria, seus profissionais também são. Existem repórteres de política, esportes, educação, cidades, mundo, economia, cultura, entre outros, além dos repórteres fotográficos, isso em grandes jornais, nas capitais, aqui, amigo, é como se diz, nós, eu, e eu, nós, de capa a capa muitas vezes, o pau tora e a gente se vira nos 30, tem se ser faz-tudo. Aqui, o editor as vezes se transmuda em repórter, fotógrafo, publicitário, revisor, arquivista, é um samba do crioulo doido, mas a fila não pode parar, até a colunista social, a eclética Rosane, salta dos babados para as matérias do dia adia. As dificuldades não se resumem aos diários, os semanais precisam de seleção editorial, adaptação factual e assim por diante, mas nos diários também, sobretudo no interior, o bicho pega, desde a paginação, aos leads, legendas de epígrafes (como dizem os bolivianos), titulação estética, etc. Daí, a importância do jornalista, seja ele redator ou editor, ter sido repórter um dia. O repórter, tem a função de investigar, pesquisar, entrevistar e produzir notícias e matérias para o jornal, a TV, rádio e internet, faça chuva ou faça sol, o bem profissional a área, está sempre em alerta para levar as notícias até a população. Pessoalmente, acredito que o repórter nasce com esta vocação e apenas é burilado pelo tempo, que nos mostra ser muito difícil formar um profissional de reportagem, sanando de curiosos, o vicio coppy-desck, comum após o advento da internet. Nada contra pesquisas, elas enriquecem uma reportagem, um texto, o que um bom repórter evita, é se viciar nas vikipédias da vida, afinal, a noticia acontece no cotidiano e sua busca, conteúdo e produção se restringe as seis vocábulos: o quê?..como...onde?......quando... porquê...com quem? Pronto, aí está o hexágono para uma noticia, o resto é com o repórter, que recebe aqui o abraço do amigão velho de guerra.

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