240 tons de Cinza
Data:15/02/2018 - Hora:08h14
Reprodução Web
A injeção financeira do carnaval este ano no reino tupiniquim conforme projeção prévia do Ministério do Turismo, cantava a cifra de R$ 11,4 bilhões, mas apesar disso, pelo menos 103 cidades pelo Brasil, que costumam investir na folia, e outras que pouco investem em turismo, mui embora nichos especiais, como Cáceres, optaram por não destinar recurso público na festa, que ficou no ora - veja. A maioria delas alega falta de verba, enquanto outras dizem que enfrentam problemas de segurança, saúde, clima etc. Nem vamos aqui nos ater às cidades tradicionais em seus folguedos de Momo, já que neste item, a nossa Princesinha nunca passou de uma Gata Borralheira, mas não se justifica no ano do jubileu de 240 anos, a cidade passar em tons de cinza durante uma das maiores festas do país. Que fique registrado na Rede Plin-Plin, cujo enfoque diz falsamente que no Mato Grosso apenas Rondonópolis não teve carnaval este ano, que por enquanto, Cáceres ainda figura como município mato-grossense e por estas bandas, o carnaval foi só na telinha. Lá em Roo, dizem que no ano passado, os músicos que animaram o evento alegaram que não tinham recebido pelos serviços prestados, mas aqui, tem ano sem Expoagro, sem FIPE e, não se pode e nem se deve admitir, que de repente, a charanga fique muda na Praça da Sicmatur. Sobretudo, quando estamos no curso de um ano jubilar para a afilhada de São Luiz, cuja efeméride de 240 primaveras começa devendo, ao personagem mais importante de uma cidade, o povo, aquele que trabalha diariamente, paga 35% do que ganha e gasta em impostos e deveria merecer um pouco mais de atenção dos governantes. É assim que vai comemorar sua efeméride 240, Encantando Gerações? Com esta falta escancarada de profissionalismo? Sinceramente, Senhor Prefeito, não queremos aqui rufar sua gestão, pelo contrário, sabemos e inclusive registramos atos e fatos elogiáveis de seu governo, mas por vezes, acreditamos, Vossa Senhoria peca, in-eligendo, quiçá in-vigilando nas falhas de gente do seu staff. Pela Santíssima Trindade, não se pode conceber que uma cidade bicentenária, conhecida mundialmente pelo seu rico turismo natural, rota do pantanal, suprima eventos específicos de seu calendário com viés econômico. Sim, pois além de lazer e recreação, como turismo, o carnaval movimenta a economia, gera empregos e atrai visitantes dispostos a curtir um folguedo tradicional longe do lufa-lufa das metrópoles. Os números positivos demonstram como o carnaval é um importante indutor do turismo nacional, gerando empregos e renda. Então, gente, falar em crise como eventual justificativa pela omissão, é ausência de conhecimento mesmo. Mencionamos aqui o caso do carnaval popular ausente em Cáceres este ano, mas ele é apenas um ponto anti-cultura no município, que não tem festival de teatro, de musica, de poesias, saraus de cururu e siriri semanais, onde o Centro de Cultura vive as moscas, o FIPe encolheu, então, algo está errado, porque cultura não custa tanto assim. O investimento compensa, o retorno é certeiro, desde que bem organizado, com seriedade e feito com amor, sem preocupação de aparecer na mídia. Na nossa, pelo menos, não jogamos confete em manequins.
fonte: Da Redação
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