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Opção da CBF por Carlos Amadeu é acertada. Mas a geração 99 precisa ganhar rodagem .Time provavelmente terá ausências no Sul-Americano

Enfim, um escolhido. Depois de quase um ano, a seleção sub-20 volta a ter um treinador efetivo no comando. E a opção por Carlos Amadeu foi a mais lógica, a mais coerente dentro do contexto, por alguns motivos a serem citados por aqui nas próximas linhas.

            O primeiro deles é que Amadeu conhece de fato a geração 99/00, com a qual ele irá trabalhar neste ciclo. Sabe quem são os principais jogadores, sabe também quem tem margem para evolução e tem a admiração dos que fizeram parte do Mundial Sub-17.

            O segundo motivo é ligado ao primeiro. Com o conhecimento que ele tem, o caminho para o próximo Sul-Americano Sub-20, que será disputado em 2019 e é também Pré-Olímpico (a não ser que as regras mudem daqui para lá), será encurtado justamente pela presença de alguém que já está dentro da entidade e conhece o contexto. E isso será importante, pois no Sul-Americano o Brasil dificilmente contará com alguns de seus melhores jogadores da idade.

            Não, o blog não se refere apenas a Vinícius Júnior, que dificilmente será liberado pelo Real Madrid, visto que os merengues barraram jogadores como Valverde, do Uruguai, e Sergio Díaz, do Paraguai, na última disputa. Há também Augusto, ex-São Paulo, que já atua por lá, e Rodrigo Farofa, ex-Novorizontino, que irá para lá no meio do ano. Há Mário Júnior, que já figura nos profissionais do PSV, veste a 10 e entra com frequência nas partidas.

            Ainda há também a possibilidade de "perder" nomes como Paulinho, Lincoln e Brenner, que já atuam pelos profissional dos seus clubes e lidam com a expectativa de uma venda para o exterior. Marcos Antônio, melhor meio-campista brasileiro no Mundial Sub-17, está de saída do Atlético-PR.

            O cenário, portanto, é de desfalques, e nesse ponto a CBF não tem responsabilidade. O desafio agora é dar rodagem à geração 99, que foi convocada apenas uma vez no ano passado. Nesse caso, há realmente um atraso na preparação, e ele precisa ser compensado, sob pena do Brasil sofrer, como sofreu nos três últimos Sul-Americanos Sub-20 (não se classificou em 2013 e 2017 e ficou em quarto em 2015). Há muito a ser feito, principalmente na preparação para o torneio. Mas a continuidade do processo é, nesse momento, uma decisão acertada.

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