Diretora administrativa: Rosane Michels
Sexta-feira, 19 de Abril de 2024
Pagina inicial Utimas notícias Expediente High Society Galeria Fale conosco
Aguas coleta
Nas malhas da rede
Data:13/12/2017 - Hora:09h17

Nos anos 2000, navegar na internet tornou-se uma contradição entre manter comunicação simultânea com milhares de pessoas em várias partes do planeta e estar só? Cheguei à conclusão de que a ampliação do uso da internet produz isolamento. O internauta dedica menos tempo a seus familiares, a seus amigos, isto é àquelas relações sociais de pessoa para pessoa. Para melhor avaliar a conclusão, preciso retirar boa dose de ingenuidade que esse tipo de reflexão engendra. É perfeitamente razoável deduzir que há mais tempo despendido com uma certa atividade (tipo a elaboração de um projeto gráfico) corresponda menos dedicação ao conjunto das outras. Influenciado pelos pesquisadores norte-americanos em geral sou obcecado pela prova estatística. Enquanto os números não mostrarem, o fenômeno não existe para mim. Pelo que vejo, há uma inquietação, uma angústia: “Seremos milhões de pessoas praticamente sem interação social?”, deixo a pergunta como usuário. Está aí um tema que vale a pena discutir. E, diga-se, não inaugurei o debate, que tem seus 153 anos, se não mais. É uma preocupação que nasce com a modernidade, com a sociedade de massas, com as primeiras metrópoles européias, Paris e Londres. Em meio à multidão, o indivíduo está só. Ele cruza diariamente com centenas de pessoas que não conhece. Essas pessoas vivem no mesmo meio, mas não convivem. A mesma metrópole produz as massas e isola a pessoa. Nesse contexto, surgem, especialmente na literatura, temas que questionam a perda dos laços sociais tradicionais e apontam a banalização da vida nas grandes cidades. E, se relacionarmos o tempo de conexão na internet com a maior propensão para crises de depressão. Os novos hábitos, assim, seriam doentios, me preocupa o impacto do ser humano da monumental arquitetura moderna, com seus imensos espaços vazios, suas largas avenidas, que nos faz sentir dentro de um labirinto, associa-se ao medo de lugares públicos, um tipo de misantropia. Portanto, no debate sobre novas tecnologias que isolam o ser humano, a Internet é apenas uma continuação. Decerto, apresenta características próprias. Ao contrário da arquitetura urbana, feita de espaços concretos, palpáveis, a rede de computadores é lugar etéreo. Porém, as manifestações reticentes sobre o que se perde ao adentrar a era da informática são uma versão atualizada da velha insegurança (falta de leis específicas quanto à privacidade e aos meios de fiscalizar e punir os hacker´s que criam vírus, direitos autorais entre outras.) em transitar para um mundo menos conhecido. Um mundo que, manipulado por grupos terroristas, pode causar bilhões em prejuízo, destruir vidas inocentes apenas digitando no teclado e entrando no sistema da Polícia Federal ou do FBI, tornando nossa vida um inferno! Como a Terceira Grande Guerra Mundial via net! Do mesmo modo que a grande cidade e as multidões não significaram a hecatombe ou o paraíso do gênero humano, existem razões para supor que o mundo da Internet modifique, para pior ou melhor, a humanidade. Ela traz confortos antes inimagináveis e certamente implica perdas. Mas, construir um mundo mais harmonioso não tem relação com as máquinas, com as tecnologias. Debater a Internet não é nenhum bicho de sete cabeças. O problema é que, às vezes, fica mais fácil eleger um vilão do que encarar toda a miséria que nos cerca. ***___Rubens Shirassu Júnior, escritor e pedagogo de Presidente Prudente, São Paulo. Autor, entre outros, de Religar às Origens (1980-2010 – ensaios e artigos, 2011) e Sombras da Teia (contos, 2016).




fonte: Rubens Shirassu Júnior



anuncie aqui JBA rotary
»     COMENTÁRIOS


»     Comentar


Nome
Email (seu email não será exposto)
Cidade
 
(Máximo 1200 caracteres)
Codigo
 
Publidicade
Sicredi Fundo
Multivida
zoom
High Society
Também estreando idade nova, a sempre elegante, Carla Samartino, que neste sábado apaga velinha e recebe o carinho mais que especial dos familiares e rol de amigos. Sucessos, Saúde, Amor, Paz e Prosperidades, são os nossos votos para o novo ano.  A coluna de hoje é dedicada a amiga de longas datas, Fidelmaria Reis, que nesta semana recebeu quilométricas homenagens pela comemoração de mais um ano. Na oportunidade filhos, netos, amigos cantaram o tradicional Parabéns.  Nós da família do JCC desejamos que esse novo ano seja o melhor que já viveu. Feliz Aniversário! Celebrou data nova a linda Juliana Bruzzon que recebeu os calorosos abraços dos pais Amarildo e Zezé, dos amigos e familiares. Desejamos um ano pleno de alegrias e sonhos realizados.
Ultimas norícias
Exediente
Versão impressa
High Society
Fale conosco
VARIEDADES
POLÍTICA
POLÍCIA
OPINIÃO
ESPORTES
EDITORIAL
ECONOMIA
CIDADE
ARTIGO
Jornal Correio Cacerense 2015
Copyright © Todos direitos reservados