A bênção, Pai dos Burros!
Data:13/12/2017 - Hora:09h12
Reprodução Web
Dias destes fomos advertidos por um executivo de gestão exemplar, mas que deve ignorar certos tratamentos curiosos, porém notórios em se tratando de administração pública, como o termo Barnabé, atribuído há décadas, desde a promulgação da CLT por Vargas, aos funcionários públicos. Diante do imbróglio, mister, elucidar que Barnabé é aquele servidor público de categoria modesta, conforme o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, Nova Fronteira, página. 100, mesma definição no Aurélio. Concomitantemente, o Pai dos Burros, Moderno Dicionário da Língua Portuguesa, Michaelis, Editora Melhoramentos em sua página 301, define Barnabé como funcionário público estadual ou municipal, mediano, com suas aspirações, seus sentimentos de classe, etc. Os apartes acontecem, quando apesar do cargo máximo ou staff, mais uma vez comprovando o dito pela nossa colunista Rosane Michelis em um artigo, que nem sempre sabedoria é inteligência. Não muito distante, fomos abordados também pela expressão forasteiro, designando um morador de cidade vizinha à Cáceres, que havia participado de uma corrida em nossa urbe e vencido a prova. A pecha nos dirigida foi de depreciação ao forasteiro cidadão, que o termo seria pejorativo, associado a marginal, quando novamente o Pai dos Burros, ensina que o vocábulo forasteiro, um adjetivo substantivo masculino, designa que, ou o que é estranho à terra onde se encontra; que ou o que é de fora. Com certeza, o questionador do termo, deve ter assistido ao filme O Forasteiro, cuja sinopse mostra um homem que cruza a fronteira para o México com dois milhões de dólares para se aposentar e viver tranqüilo o resto dos seus dias. Porém, seu passado criminoso vem à tona, e ele se torna alvo de policiais corruptos e bandidos. Veja bem, que embora não se possa e nem se deva generalizar alhos com bugalhos, tanto o nosso visitante fundista como o personagem do filme, ambos são forasteiros, nada, portanto a contestar. Mas a fila anda e lembramo-nos de um gaucho em Sinop que ficou mui guapo e quase peleou com a gente, alegando que tínhamos pisado em seu pala, por chamá-lo de bairrista, tal e coisa, que nunca tinha residido em bairro, afinal, era empresário e só morava no centro, desde as plagas sulistas. Há muito custo, tivemos de explicar ao cidadão aragano, que o termo bairrista no Dicionário Informal, se refere a pessoa que defende com vigor sua terra natal, e cediço é, que gaudério que se preza, não fica um final de ano sem voltar ao seu rincão. A gente que vive na imprensa, sempre cuida bem do uso das palavras, pode até cometer alguma gafe involuntária, afinal, perfeito só Deus, agora, nos admira é que pessoas que se dizem cultas, que até por força de cargo ou função, deveriam conhecer o básico da flor do Lácio, podem até ser inteligentes; mas de sabedoria, são órfãos e deveriam se viciar um pouco no salutar hábito da leitura. Pra finalizar, antes que nos questionem acerca da tal Flor do Lácio, importante ilustrar que esta é uma expressão usada para designar a Língua Portuguesa. In-fine: no soneto Língua Portuguesa, o poeta brasileiro Olavo Bilac escreve no primeiro verso “Última flor do Lácio, inculta e bela”, se referindo ao idioma Português como a última língua derivada do Latim Vulgar, falado no Lácio, uma região italiana. Servido uma boa leitura no lugar de indagações impertinentes?
fonte: Da Redação
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