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Cultura é fogo!
Data:28/11/2017 - Hora:08h15

A cultura pode ser sim um dos muitos caminhos para a promoção (e sustentação) das transformações sociais. E não se trata de um caminho qualquer. Trata-se, sem exageros, de um caminho e tanto, daqueles que nos levam a vivenciar mundos, fundos e cantos, para muito além de nossas vistas, para muito além dos nossos (pré)conceitos arraigados. Podem acreditar: “a cultura é um caminho de provocações”.

Mais do que uma simples passarela por onde se transita, ou um estreito trieiro, a ser percorrido por entre as matas, a cultura é um caminho de provocações, porque incentiva o peregrino, o viajante, ou quem quer que seja, a trilhar, a partir dela, de forma autônoma, livre e desimpedida, outros tantos caminhos possíveis e alternativos, sem imposições, pudores, falsos moralismos, naturalizações e generalizações de pensamentos e destinos.

E não digo por moda, por sofismas, ou por força da retórica, como costumam lançar mão por aí, mas, tão somente, por pensar na grandeza de seus efeitos, nos rebuliços que pode gerar nas mentes e peles de cada um.

Talvez seja por essa razão, e esse é um dos meus palpites sobre o tema, nada inédito, obviamente, que por tantas vezes, aqui ou acolá, no passado, ou no presente, tanto se fez – e tanto ainda se faz – para cortar o seu barato, para silenciá-la, para retirá-la da jogada, ou mesmo, aproveitando-me de mais uma analogia futebolística, para não permitir que ela sequer entre em campo.

Mas enfim, retomando.

A cultura pode ser sim um dos muitos caminhos para a promoção (e sustentação) das transformações sociais.

E pode, porque a cultura nos torna sensíveis ao conhecimento, aos casos e acasos que nos rodeiam, às diversidades que nos constituem, aos furdunços de nossas rotinas, aos desejos e vontades que nos integram, às miudezas que passam desapercebidas, permitindo-nos, como conseqüência, um olhar crítico sobre o que somos, queremos ou não - queremos.

Pode, porque a cultura nos inquieta, coloca-nos em constante e intensa reflexão, bota para correr com os preconceitos que nos engessam, desconstrói hostilidades e nos alerta, ou melhor seria, reaviva nossas memórias, para as barbaridades e atrocidades historicamente cometidas contra a humanidade.

Pode, porque a cultura nos aproxima da política, auxiliando-nos em sua análise e em sua utilização democrático-popular, longe dos filtros manjados, dos interesses escusos, dos jargões e dos estereótipos oportunistas; longe de sua negação, de sua ignorância e das falcatruas que tanto usam e veiculam como estratégias para que confundamos “aquilo que é” com “aquilo que fazem dela”.

Vejam, a cultura é fogo!

É por isso que ela não pode ser elitizada, ficando restrita aos salões particulares. É por isso que ela precisa se esparramar pela cidade, alcançando os bairros, as Associações Comunitárias, os coletivos e os movimentos sociais. É por isso que ela precisa estar nas praças, não só nas centrais, mas também, e principalmente, nas praças mais distantes, pipocando (e fazendo festa) nos rostos mais variados.

A cultura nasce de nossas próprias produções, manifestações e expressões enquanto seres humanos. A cultura é fruto de nossas criatividades, surge de uma lágrima, de uma alegria, de um riso, de uma tristeza, de um amor, de uma canção, de uma exposição de fotos, de quadros ou cinematográfica, de um espetáculo de dança, de teatro, ou de poesias. A cultura é fruto da árvore que brota e cresce com garbo e vivacidade em nossos jardins. A cultura somos nós, e nós somos o povo!

Que a cultura se espraie, ganhe fôlego, conquiste corações e almas e nos leve, conscientemente, sem censuras, a espaços em que o que vale é ser o que quisermos ser.

***___José Ricardo Menacho, é Mestre em Direito pela UFPR, Doutorando em Política Social pela Ucpel, Professor do Curso de Direito da Unemat/Cáceres e escritor.




fonte: José Ricardo Menacho



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