Proposta Indecente
Data:28/09/2017 - Hora:08h41
Reprodução Web
Os mais saudosistas devem se lembrar do velho Adhemar de Barros, do PSP, demagogo incentivador do golpe militar de 1964, que pensava que o movimento revolucionário implantaria um triunvirato: um general, um ministro do Supremo Tribunal Federal e um elemento civil da conspiração, que seria ele, e que acabou cassado dois anos depois. Pois bem, é do velho Adhemar, que nenhuma saudade deixou pelos governos vaselina, uma frase da década de 60 do século 20, -“a correia sai do couro e o couro sai do povo!” Meio século depois, a frase continua factual, haja vista o estapafúrdio pacote do governo Temeroso, de medidas para conter gastos com funcionalismo, entre elas o congelamento dos reajustes dos servidores, estão previstos para 2018. Para não confessar a pratica de exercício arbitrário, os economistas do governo sem voto, afirmam que o tal congelamento dos salários irá poupar R$ 9,8 bilhões dos cofres públicos, ajudando a fechar as contas do orçamento de 2018. Com a maior cara de pau, eles tentam justificar o escalpo do trabalhador, onerando o sagrado vencimento do funcionário concursado, para bancar os gastos milionários da Corte. No vácuo da medida federal, a unidade federativa tchapa & cruz, discute na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, uma Proposta de Emenda Constitucional filhote da Temerosa, e que prevê o congelamento dos gastos públicos por 10 anos. O projeto tramita na AL desde o final de agosto e, segundo o presidente do Legislativo, Eduardo Botelho, caso aprovado, irá gerar economia de cerca de R$ 1,3 bilhão aos cofres do governo estadual, a partir da renegociação da dívida com a União. Contraditória a PEC segundo os políticos que a defende, não vai prejudicar os serviços públicos ou mexer com os direitos dos servidores, como o pagamento da Revisão Geral da União (RGA). Só vai liminar os gastos primários, como salários, combustíveis, custeio da máquina como limpeza e energia elétrica. Não vai onerar o trabalhador, apenas limitar salários, congelados por 10 anos. Veja bem, o art. 55, inciso I, da PEC que institui o Regime de Recuperação Fiscal para os próximos 10 exercícios financeiros do Estado, a partir do ano de 2018, veda ao Poder Executivo a concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração aos servidores e empregados públicos e militares a partir da data em que a PEC for aprovada. Ninguém fala em congelamento dos combustíveis, base de toda a estrutura econômica do país, em reposição da inflação nos salários, (não confundir com reajuste) e os cambaus, a meta da tal PEC do fim do mundo, é mais uma vez, sacrificar o povo. Como dizia o velho Adhemar há meio século passado: A correia sai do couro e o couro sai do povo. Mas não deve, e apoiamos a posição corretíssima do coordenador do Fórum Sindical, Cledison Gonçalves da Silva, ao afirmar ser a categoria contra à proposta, já que os servidores seriam os mais prejudicados com a aprovação da maldita, e que a sociedade não pode ser responsabilizada pela crise financeira que diz o governo, atinge Mato Grosso, (há controvérsias) e a gente complementa, além de danosa, a tal proposta é indecente. Nesta tal aludida crise, aprova-se uma emenda tirando R$ 1 bilhão e 320 milhões dos R$ 4 bilhões e 400 milhões de dinheiro público, (emendas parlamentares) para o fundo partidário dos políticos, é sacanagem, Bom Dia! Será?
fonte: Da Redação
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