Cassar sim, Caçar Jamais!
Data:23/09/2017 - Hora:09h28
Reprodução Web
Proibida no Brasil há 53 anos, a caça profissional e esportiva de animais silvestres poderá ser liberada pelo Congresso Nacional, caso a estapafúrdia proposta do deputado ruralista Valdir Collato (SC) que também é autor do Projeto de Lei da caça 6268/2016 que tem a intenção de permitir a caça profissional e esportiva, seja aprovada, o que a gente espera, jamais. Vale ressaltar que o Código de Caça, disciplinado pela Lei ° 5197/67 de 3 de janeiro de 1967, quando se caçava gente no período cinzento da ditadura, rezava em seu artigo
Art. 1º. (in-verbis) “Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha;” e o Art. 2º Complementava, “É proibido o exercício da caça profissional”. Alguma dúvida? Para o nosso empregado no congresso nacional, o tal deputado barriga verde, liberar a morte de indefesos animais, espécies em extinção, é normal, propondo tal absurdo consoante o seu Decreto Legislativo, PDC 427/2016, qual seja, liberar a caça e a comercialização da fauna. Uma aberração, que convenhamos caso venha a ser aprovado, vai permitir que o tráfico de animais, que tem sido moeda de troca para o tráfico de drogas, seja legalizada. Pela sua proposta, fica alterado o Código de Caça, editado em 1967, que proíbe a prática em todo o território nacional, salvo em caso de autorização expressa do governo federal por meio de seus órgãos ambientais, o caso dos Javalis, cujo abate foi liberado pelo IBAMA em 2013, considerando que a espécie, introduzida no país por pecuaristas na década de 1980, é considerado uma praga e não tem predadores naturais. Mui embora Colatto diga que seu projeto não tenha nada a ver com a caça e sim, controlar animais que viraram praga, morcego, barata, rato, escorpião e javali, para se justificar, praga por praga, deveria se oficializar por decreto, a caça de alguns políticos também, oras! Como bem menciona o coordenador de políticas públicas do Greenpeace Brasil Marcio Astrini, o PL do deputado catarinense, vai muito além, por exemplo, cria as chamadas reservas cinegéticas, lugares autorizados para a caça esportiva de animais, felizmente ainda inexistentes no país, e oxalá, seja assim para sempre. Sã as cinegéticas que criam covardes como o pastor evangélico Rikki Doolan, que se tornou o centro de uma polêmica nas redes sociais após publicar uma foto sua ao lado de um antílope abatido por ele durante uma jornada de caça, com a legenda “Dia de caça bem-sucedido aqui na África do Sul. Esse ano nós atiramos para matar”. Criticado pelo tablóide The Sun, por desrespeitar o Provérbio 12:10, que diz que “o justo tem consideração pela vida dos seus animais, mas as afeições dos ímpios são cruéis,” o pastor ironizou, que o antílope era “bonito para um churrasco”. E complementou com o versículo 3 de Gênesis, “Tudo quanto se move e vive vos servirá de mantimento, bem como a erva verde; tudo vos tenho dado.” Citamos esta discussãozinha de gringos, só pra ilustrar que ainda existe gente (e muita) no QAP, de um decreto idiota como este, para sair matando indefesos animais mundo afora.
fonte: Da Redação
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