Pedro Miguel

Domingo é um dia comum para muitos, especialmente para aqueles que estão privados de sua liberdade, atrás das grades numa cela de presídio, pagando pelos seus erros, menos para o detento José Carlos Lopes Teixeira Junior, 21, recolhido no cadeião de Cáceres. ele poderia ter sido sua última noite, não fosse o providencial socorro de agentes prisionais, que realizavam o tradicional “bate-grades”, no bloco II,ala C, e suspeitaram de um acesso de tosse de vários presos simultaneamente.

Suspeitando de que algo de anormal estava acontecendo e que as tosses seriam um meio de abafar a coisa errada,resolveram averiguar e não deu outra. Realmente os presos tossiam para abafar os gemidos de José Carlos que trancado no banheiro (boi) da cela, clamava por socorros, pois estava morrendo.

No estarro, os agentes invadiram a cela e no sanitário depararam com a vitima que estava com uma corda no pescoço e a camisa ensangüentada, prova que havia sido espancado por alguns dos detentos e obrigado a se enforcar, para dissimular a tentativa de homicídio.

Retirado do local elevado para uma dependência livre do cadeião,José Carlos disse que desde a tarde estava sendo agredido pelos demais presos, afirmando que levou pontaços de chuços. No momento do resgate do preso agredido, os agentes precisaram efetuar dois disparos de arma de fogo para o alto, a fim de intimidar os agressores, que estariam decididos a matar a vitima.

Sanado o problema, agentes, vitima e agressores foram ouvidos pela autoridade competente, sendo tomadas as devidas providencias,devendo os presos agressores responder pelo crime de tentativa de homicídio e complicar ainda mais suas situações perante a justiça.   

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