Deu quórum no Circo
Data:03/08/2017 - Hora:08h27
Reprodução Web
Como era de se esperar, os deputados estaduais de Mato Grosso, com certeza, a exemplo de outros estados, ainda não retornaram a rotina de “trabalho” parlamentar após três semanas de recesso legislativo e na manhã de ontem, 1º dia após o recesso, somente 8, dos 24 parlamentares compareceram a Assembléia Legislativa. Com isso, o presidente da Casa de Leis, Eduardo Botelho, do PSB, apenas abriu a sessão para encerrá-la instantaneamente. Para quem se surpreende, a a falta de quórum, traduzindo, ausência de deputados em assembléias, não é novidade, na magna, a federal, é rotina, tem parlamentar que aparece por lá, uma vez por mês, somente pra retirar o polpudo holerite e rir na cara do povo. No picadeiro deste imenso Circo Brezil, o stand-up é suis-generis ao ponto de na sessão do dia 30 de junho deste ano, a única presença naquela casa de leis, com vários fora da lei, ser a de um deputado presidiário. Conforme dados do Congresso em Foco, o deputado Celso Jacob (PMDB-RJ) foi o único parlamentar a registrar presença naquela sessão da sexta-feira, 30 de junho de 2017, em sua primeira saída da cadeia para trabalhar, e, claro, a sessão foi cancelada por falta de quórum. Para quem não sabe, o tal de quorum, é uma expressão usada por todos quando se quer referir um número mínimo de participantes para validade de decisões tomadas num grupo. Literalmente, "quorum" significa "dos quais", sendo originado da palavra "qui", que significa "quem" ou "qual". Remonta-nos a Vergílio, um antigo poeta latino, no livro 'Eneida', que conta a história de Enéias e um grupo de bravos guerreiros que partiram para a batalha, "dos quais" (quorum) apenas alguns bravos heróis conseguiram retornar para testemunhar a dureza dos combates. A partir daí, a locução "dos quais" (quorum) passou a ser aplicada a todo grupo que se reúne com um número mínimo de "heróis" necessários para o funcionamento da entidade que compõem. No caso em supra, nada a ver com heróis, já que estamos nos referindo a políticos, muitos deles, envolvidos em corrupção, réus na Lava-Jato, e coisas de Brezil, investidos no cargo de juiz de um tribunal legislativo coadjuvando a ópera-bufa no decisório contra um presidente não eleito. Dos tais, que podem aceitar ou não a denuncia da PGR contra Temer, autorizando ou não o Supremo Tribunal Federal a analisar uma denúncia criminal contra o presidente, 47 respondem a ações penais na mais alta corte do país. Desses, ao menos seis exercem o mandato mesmo condenados à prisão, inclusive o presidiário, que não faltou àquela sessão do final de junho, daí a gente não botar muita fé no angu de caroço, mais pra pizza a ser saboreado posteriormente no Jaburu. Oxalá, estejamos enganados, mas como o tal de quorum havia sido fechado na hora do almoço de ontem,tudo leva a crer que o jantar foi gordo, regado a champanha e vinho importados, bancados pelos nossos impostos. Se tem marmelada, como diz este editor na musica Cachaça com Chandon, o palhaço continuará sendo o povo,e Viva o Brasil.
fonte: Da Redação
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