Traficante da região de Cáceres figura lista dos mais procurados
Data:20/07/2017 - Hora:08h31
Arquivo
Após a prisão de Luiz Carlos da Rocha, o "Cabeça Branca", considerado o maior traficante de drogas do Brasil, outros seis nomes figuram como destaque na lista de criminosos mais procurados pela Polícia Federal. Entre eles está o ex-morador de Pontes e Lacerda Adalberto Pagliuca Filho, condenado a 14 anos de prisão por tráfico internacional de drogas e que se encontra foragido.
A lista da Coordenação-Geral de Prevenção a Entorpecentes (CGPRE), a unidade central de combate às drogas da PF no País, menciona que Pagliuca foi condenado pela Justiça de Mato Grosso, após ser preso na Operação Mahyah, da Polícia Federal, deflagrada em novembro de 2011.
Na época, outras seis pessoas da família dele também foram detidas e, conseqüentemente, condenadas: Regina Célia Cardoso Pagliuca, Adalberto Pagliuca Neto, Elaine Cristina Pagliuca da Silva, Régis Aristide Pagliuca, Lori Gasparini e Joelson Alves da Silva
Consta na denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) que a família, a mando de Pagliuca Filho, atuava a partir da faixa de fronteira entre Brasil e Bolívia e fazia do Município de Porto Esperidião e localidades vizinhas à Cáceres, o centro de envio de drogas ilícitas.
Ainda conforme a denúncia, o centro de distribuição encaminhava carregamentos de entorpecentes para traficantes espalhados por diversos Estados, especialmente para Minas Gerais, Piauí, Ceará, Pará, Tocantins e Maranhão. Em janeiro de 2012 todo o grupo foi colocado em liberdade por determinação do então o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Manoel Ornellas, mas passados 15 dias da soltura, o Tribunal de Justiça revogou a liberdade e determinou que os acusados retornassem à prisão. Contudo, apenas Elaine e Joelson foram presos novamente,enquanto que os demais continuam foragidos.
A suspeita da Polícia Federal é de que Pagliuca e os outros cinco traficantes mais procurados vivam como "Cabeça Branca": de forma simples e pacata, no interior do País. Adalberto Pagliuca Filho também é réu da ação penal derivada da Operação Assepsia, que apurou suposta tentativa de negociação de sentença para beneficiar sua família.
Também são réus na ação o ex-vereador por Cuiabá, João Emanuel, o estudante de Direito Marcelo Santana, o advogado Almar Busnello, o empresário Milton Rodrigues, o servidor do TJ, Clodoaldo Souza Pimentel, José Maria Machado e Ailton Rodrigues de Pádua.
O MPE os acusa de terem tentado subornar, em 2012, o assessor do juiz José Arimatea, que, na época, atuava na Vara Especializada Contra o Crime Organizado, para que ele redigisse uma decisão, que seria submetida ao juiz, concedendo a soltura de membros da família Pagliuca.
fonte: Globo com Redação
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