Romério Cunha/Arquivo

Em maio de 2009, foi noticiada a criação de uma base do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) na cidade de Cáceres, localizada próxima à fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. Naquele longínquo ano, afirmava-se que o Ministério da Defesa e a Força Aérea Brasileira (FAB) iriam instalar uma base do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) na cidade, cidade localizada na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. A medida, seria implantada pelo Governo do Estado – via Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) - com investimento previsto de 3,5 milhões de dólares em equipamentos aeronáuticos, a serem aplicados de forma contínua no patrulhamento e no apoio das execuções de operações policiais na região de fronteira entre Brasil e Bolívia.

Em agosto de 2011 o deputado federal Júlio Campos (DEM/MT) fez apelo ao Ministério da Justiça para que transformasse a base aérea do local em base militar como forma de combate ao narcotráfico em função dos caos e abandono da fronteira de Cáceres com a Bolívia, intensivamente mostrada pela mídia nacional como a principal porta de entrada do tráfico de drogas.

Em outubro de 2012, o então vice-presidente da República, Michel Temer recebeu das mãos juiz criminal Geraldo Fernandes Fidelis Neto um documento com pedido da instalação de uma base aérea das Forças Armadas de forma permanente em Cáceres, recebendo o aceno positivo de Temer.

Em maio de 2013, A instalação de uma Base Aérea da Aeronáutica em Cáceres voltou a ser defendida pelo deputado estadual Airton Português. O parlamentar é autor de um abaixo assinado para a que o Ministério da Defesa crie e instale uma base áerea na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia para auxiliar no controle e patrulhamento da região.

Em 2014, respondendo reivindicação feita pelo então deputado estadual Airton Português sobre a criação de uma base aérea na região de Cáceres, para combater o crime organizado, o governo federal negou o pedido, o Juniti Saito, tenente brigadeiro de ar, deixou claro, não constar do Plano Estratégico Militar de Aeronáutica, a previsão de Base Aérea em Mato Grosso.

O encontro em Cuiabá no dia 14 de novembro de 2016 do governador Pedro Taques com o ministro das Relações Exteriores focou os problemas da região de Cáceres, com assuntos abrangendo um conjunto de temas que podem ser sintetizados numa ambiciosa política de integração continental.

Dentre eles, através da Hidrovia Paraguai-Paraná, a ZPE e utópica base aérea, novela rocambolesca,que é discutida, anunciada e politizada há mais de 10anos.  E a pergunta continua sendo, porque não instalar em Cáceres uma Base Aérea aproveitando a pista de pouso asfaltada ali existente e ociosa? 

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